Nesta quadra, a empresa apostou na responsabilidade social. A verba destinada para a campanha comercial vão reverter para o Centro de Apoio ao Sem Abrigo e a Casa do Gaiato.
O Pai Natal desperta habitualmente gestos solidários. Foi o que aconteceu com a Caetano Retail Park Setúbal, que decidiu desenvolver o projeto “Visita Solidária”, para apoiar duas instituições do distrito. Todos os anos fazemos uma ação de Natal, de cariz mais comercial, mas este ano é diferente. Decidimos doar o investimento que tínhamos para a campanha comercial”, explicou ao Semmais, João Pinto, diretor geral do polo sadino da empresa.
Os beneficiários são o C.A.S.A – Centro de Apoio ao Sem Abrigo e a Casa do Gaiato de Setúbal que receberão 2.500 euros, sendo a divisão determinada pelos visitantes da Caetano. “Não queremos deixar de fora os nossos clientes. Até ao final de dezembro, por cada visita que recebermos ou interação comercial, o cliente recebe entre uma a três moedas para colocar na urna da instituição que selecionar, que temos nas nossas instalações. O resultado da votação, a anunciar em janeiro, definirá a divisão da verba”, disse o responsável.
Os clientes ou visitantes da Caetano, além de puderem ajudar as referidas instituições, ficam também a conhecer o trabalho que estas desenvolvem diariamente. “Queremos que tenham consciência do que é o C.A.S.A e a Casa do Gaiato e o trabalho importante que praticam. Tivemos o cuidado de divulgar essas ações e também de pedir algum merchandising. Por exemplo, da Casa do Gaiato temos o jornal e o cliente pode fazer uma subscrição anual. Da C.A.S.A temos sacos para receber doação de alimentos”, sublinhou João Pinto.
O projeto “Visita Solidária” arrancou a 30 de novembro com visitas às duas instituições que, intituladas de “Roteiro Solidário”, resultaram ainda na entrega de bens alimentares, por parte da Caetano Retail Park.
O C.A.S.A, primeira paragem do roteiro, apoia diariamente pessoas que necessitam de alimentação e higiene pessoal, para além de encaminhar para as entidades competentes quem precisa de outras respostas. “Há cada vez mais quem precise de ajuda. Neste momento, podemos servir pouco mais de 80 refeições diárias. A utilização do nosso balneário demonstra também a crise que se vive. Tínhamos três ou quatro pessoas por semana a usarem os balneários, agora temos três ou quatro por dia”, destacou Susana Marques, coordenadora da delegação de Setúbal, acrescentando que “começam a chegar aqui pessoas que trabalham, mas não têm casa e vivem dentro do carro”.
A última paragem foi a Casa do Gaiato, instituição fundada em 1955. “Acolhemos crianças e jovens que atravessaram ou vivem dificuldades. Aqui podemos dar-lhes uma outra perspetiva de vida. Essa foi sempre a nossa missão e continuará a ser”, sublinhou o diretor, o padre Fernando Licínio Fontoura.
Entre as várias necessidades prementes, como uma carrinha para transporte escolar, há o desafio de trabalhar com quem viveu em contextos adversos. “Temos de valorizar estas crianças e jovens e também dar-lhes responsabilidades e transmitir-lhes confiança, para que sejam modelos para os mais novos. Por isso é que se desenvolve esta espécie irmandade, fraternidade”, explicou.