São esperadas milhares de pessoas na cidade raiana, que transforma o centro histórico num grande centro comercial. A autarquia diz estar a lançar as sementes para o desenvolvimento comercial durante todo o ano.
“Elvas Cidade Natal”. Pelo segundo ano consecutivo, a histórica cidade alentejana da raia faz desta quadra um pretexto ímpar para valorizar as suas belezas naturais, mas também a gastronomia e uma atividade comercial que começa a atrair cada vez mais visitantes, sejam nacionais ou estrangeiros.
O centro histórico é o coração de uma intensa atividade comercial, mas também lúdica e turística que se vai prolongar até 7 de janeiro. “É a melhor aposta de Natal que se pode fazer”, diz ao Semmais o presidente do município, Rondão Almeida, lembrando que, mais uma vez, existe a clara intenção de cativar pessoas que possam contribuir para a valorização do comércio local.
“O município de Elvas, há semelhança de algumas cidades da Europa, quer implementar um centro comercial a céu aberto, no centro histórico, com duas artérias pedonais, uma das quais a Rua de Alcamim que atualmente já o é, e a outra a Rua da Feira, criando condições para as pessoas poderem desfrutar das propostas. Como se trata de um projeto para o ano inteiro, serão criadas áreas de sombra para o verão e climatizadas durante os meses mais frios”, explica Rondão Almeida, alertando assim para a intenção da autarquia em valorizar o comércio na cidade durante todo o ano e não apenas nas épocas festivas .
Neste segundo ano consecutivo em que Elvas se assume como “Cidade Natal”, há incentivos extra, para além da já habitual iluminação das ruas. Assim, na Praça da República funciona uma pista de gelo, uma atração que, na opinião do autarca, rivaliza em popularidade com a “Casa do Pai Natal”, onde os mais novos podem fazer pedidos de prendas e tirar fotos. Mas existe ainda um carrossel e uma roda. “É um investimento de milhares de euros, com uma programação na qual se inclui a Feira de Natal, com os quiosques de venda de produtos tradicionais, artesanato e comes-e-bebes, aliando a tradição da quadra com a diversão para todas as idades”, sublinha Rondão Almeida.
O edil lembra que a quadra é especial para as crianças e, por isso, insiste que é necessário aproveitar a Fábrica dos Brinquedos, apenas uma das muitas iniciativas dos Serviços Educativos da autarquia. Um atelier alusivo e um conjunto de atividades diárias são outros dos destaque, para além da possibilidade que é oferecida a qualquer visitante de se fazer fotografar junto à árvore de Natal.
“As iniciativas programadas incluem, entre outros, a tradição do presépio no Adro da Sé, os concertos natalícios e o presépio ao vivo, assim como a possibilidade de realizar viagens no comboio turístico decorado com motivos natalícios”, acrescenta.
Rondão Almeida lembra ainda que “o programa conta com o apoio das associações e instituições locais, de forma a haver iniciativas para todas as faixas etárias e a dinamizar o Centro Histórico, que tem sonorização nas principais artérias comerciais”.
A proximidade com Espanha faz com que, desde há muitas décadas, o comércio de Elvas receba largos contributos dos visitantes vindos do outro lado da fronteira. “Os nossos vizinhos procuram os atoalhados, as propostas para o lar, a retrosaria, assim como a nossa gastronomia. Essas são apostas que queremos continuar a fazer, apostando na qualidade e no bem receber para, desse modo, podermos continuar a valorizar o nosso comércio”, refere Rondão Almeida.
O autarca refere também que a atração de mais visitantes passa, sobretudo, pela oferta qualitativa. “É verdade que os preços mais baixos ajudam, mas é a qualidade do que é oferecido que é mais determinante. É isso que quem nos visita, independentemente de serem portugueses ou estrangeiros, espera encontrar”, diz.
A par das melhorias comerciais, a cidade tem igualmente evoluído na oferta hoteleira e nos acessos. E, com autoestrada desde Lisboa (é a única cidade do distrito de Portalegre que tem esta estrutura), Elvas prepara-se para reforçar a sua oferta ferroviária. “Atualmente, e tendo em conta o desenvolvimento da nossa área de fronteira, o investimento de ligação aos Portos de Sines, Setúbal e Lisboa, assim como a ligação a Madrid e à Europa, o município quer reforçar a importância do investimento na linha ferroviária para potenciar o transporte de mercadorias, mas também o de passageiros, fazendo pressão junto das entidades para adaptar a oferta existente às necessidades das populações do concelho e dos municípios limítrofes”, conclui Rondão Almeida.
