Por que razão menosprezamos a nossa própria educação e formação

Como é sabido ingressei há uns anos na formação de jovens do ensino superior e ensino técnico.

Deixando para trás anos de trabalho na área empresarial, mas que, achei por bem aceitar o convite para partilhar todo o conhecimento que adquiri nas áreas onde trabalhei na ajuda de jovens que se irão lançar no mercado de trabalho.

Presentemente uma das coisas que mais me assusta é o desprezo que a maior parte das Pessoas dá à sua própria educação e formação após ingressar no mercado de trabalho.

Quando adquirimos algo, existem bastantes razões pelas quais o fazemos. Razões essas que podem ser emocionais, ou podem ser lógicas.

Mas uma coisa é certa quanto mais razões tivermos a favor de determinado produto ou serviço, muito maior será a nossa probabilidade de avançarmos com a compra.

Quando alguém é contratado para uma empresa, passa-se exactamente o mesmo. O empregador ao olhar para um currículo vai procurar também os factores emocionais ou factores lógicos que apoiem a sua decisão.

E dois dos factores mais importanteS na sua análise passam, em primeiro lugar, pela Experiência que o candidato tenha tido e o facto de já ter atingido resultados próximos dos pretendidos e caso não exista por ser novo, pela sua educação ou formação.

Estes são, por certo, os factores lógicos, existirão depois factores emocionais.

Mas esses, na maioria dos casos, só serão colocados em causa na primeira entrevista com o candidato.

Agora gostaria que seguissem o meu raciocínio.

Como vendedor, gestor, técnico, ou qualquer outra profissão que tenha – no momento que vivemos actualmente a sua carreira pode estar perfeitamente segura, como pode também estar por um fio.

Na maior parte das vezes, não é por culpa sua. Trata-se do mercado, da crise, das guerras e de todos os outros factores que por aí andam.

Mas será que é mesmo assim?

Em tempos passou uma publicidade sobre PPR na televisão.

“Uma mulher aproxima-se de uma amiga num café. A amiga encontra-se com um ar muito abatido.

Ao perguntar porque é que a amiga está assim, a outra conta-lhe as suas desgraças e confidencia-lhe que perdeu o emprego e que não tem dinheiro nenhum colocado de parte.

Ela vira-se para a amiga e diz-lhe, com um ar muito cândido, que de há 10 anos a esta parte depositou todos os meses no nome dela uma quantia de x € numa conta de poupança.

Ao que a amiga, com um ar já mais aliviado, lhe pergunta: “Fizeste isso por mim?”

A mulher vira-se para ela e, com uma estrondosa gargalhada, replica: “ACHAS?”

Em tom de brincadeira, é certo que esta é uma grande verdade nos dias de hoje. Se nós não fizermos por nós, ninguém o fará.

Uma das formas de ficarmos protegidos face ao desemprego e à crise que por ai anda a passar, será em primeiro lugar, vestir a camisola da empresa onde estamos e lutar até ao fim como se ela fosse nossa.

No entanto, imprevistos acontecem e, nestes casos, convém que, se tiver de entrar novamente no mercado da procura de emprego, o seu currículo terá que se destacar dos outros.

Não desperdice oportunidades de aprender.

Procure envolver-se, sempre que possível, em projectos novos, de preferência multidisciplinares.

Todos os meses, leia pelo menos 1 livro novo na sua área profissional ou áreas à volta de que tambem tem interesse.

Se tiver orçamento para isso, inscreva-se em cursos de formação. Mesmo que não sejam na sua área.

Por exemplo, a profissão de comercial em várias áreas são das mais procuradas actualmente pelos empresários.

Se não tem orçamento, procure na internet recursos de formação gratuita existem desde artigos a livros.

Não nos podemos esquecer que uma pessoa que se valoriza terá sempre muito mais capacidade de lutar contra as adversidades que esta vida nos poderá trazer.