Financiamento é garantido pela tutela, tendo a autarquia assumido a responsabilidade de quase todos os processos. Fixação de militares e reforço da sensação de segurança justificam o investimento.
A freguesia de Poceirão e Marateca, no concelho de Palmela vai ter um novo Posto Territorial da GNR no terreno da antiga Escola Básica de Poceirão, após a câmara ter aprovado, na última reunião do executivo, a abertura do concurso público para a construção do referido edifício.
O projeto era uma reivindicação antiga da população, edilidade e militares. “É uma enorme satisfação poder honrar compromissos, num processo em que a autarquia se empenhou desde a primeira hora. Passámos da fase da reivindicação e da denúncia à construção de soluções.”, sublinha ao Semmais Álvaro Amaro, presidente da câmara.
As condições das atuais instalações da GNR no Poceirão são consideradas reduzidas, pelo que foi necessário avançar para a construção de um novo edifício. “A falta de condições e de dignidade das instalações, que têm grandes repercussões no atendimento ao público, mas também na fixação de militares, eram fatores de enorme preocupação. Era inacreditável, as pessoas tinham de se deslocar ao Pinhal Novo. Em boa hora se conseguiu avançar para a sua construção”, refere o autarca.
Este processo arrancou em 2020, com a assinatura de um Protocolo de Colaboração que visava o Contrato de Cooperação Interadministrativo entre a câmara, a Secretaria geral do Ministério da Administração Interna (MAI) e a GNR, que foi rubricado apenas em novembro de 2023, no valor de 1.494.537,63 euros.
Equipamento vai oferecer melhores condições
De acordo com dados da autarquia, o financiamento é assegurado pelo MAI, tendo o município assumido, além da cedência dos terrenos, a responsabilidade pelos licenciamentos e autorizações, o lançamento dos procedimentos, respetiva execução e trabalhos de fiscalização, coordenação de segurança em obra e ramais, assim como as despesas com custas, emolumentos e taxas.
A construção do novo posto é encarada com particular importância já que, além de oferecer mais dignidade aos militares, possibilita também uma melhoria no atendimento aos habitantes do Poceirão e Marateca, mas também de Canha, já no concelho do Montijo.
“É fundamental neste epicentro. Estamos a falar de uma área de 300 quilómetros, com muitos aglomerados rurais e muitas edificações dispersas, e as patrulhas na rua, a visita a alguns montes e casarios de idosos isolados, a presença junto do comércio é importante. Por isso é preciso criar as condições para os militares ali colocados, para que depois não pensem em regressar às suas terras, ou para outras localidades, porque não tinham condições de pernoita, higiene, acolhimento e de privacidade de vítimas. É um investimento estratégico para fixar militares e reforçar esse sentimento de segurança”, sublinha Álvaro Amaro.
