Famílias podem agora regressar às suas casas, no Bairro das Manteigadas, após meses de obras de requalificação. André Martins destaca condições dignas e modernas, assim como esforço feito no combate ao paradigma associado aos bairros de habitação pública no concelho.
A câmara de Setúbal entregou esta tarde 12 habitações municipais reabilitadas, no âmbito da Estratégia Loca de Habitação (ELH) do município sadino.
As 12 famílias receberam das mãos de André Martins, presidente da câmara, as chaves para regressarem às suas casas no Bairro das Manteigadas, numa cerimónia que decorreu nos Paços do Concelho da câmara de Setúbal.
“Estamos todos de parabéns, mas em especial os moradores, que agora vão passar a ter uma casa mais condigna e adequada às exigências do nosso tempo”, começou por dizer o autarca setubalense.
“A câmara de Setúbal cumpre aqui o seu dever, enquanto proprietária destas casas, de dar às vossas casas e a todos vós a dignidade que merecem. A câmara tem o dever de cuidar do seu património, é um facto. O mais importante é que todos os que vivem nestas casas, possam ter orgulho delas e possam dizer que vivem numa casa com as condições certas e dignas”, acrescentou André Martins.
“Este esforço serve também para acabar com aquele olhar, despropositado, com que estes bairros e as pessoas que neles vivem com têm sido olhados”, sublinhou ainda o autarca.
Estas 12 famílias, que agora vão puder regressar às suas habitações, encontravam-se em casas de familiares, conhecidos e até mesmo em outros imóveis do município, esclareceu André Martins, de forma a serem concretizadas as obras de requalificação.
Investimento municipal na habitação a todo o vapor.
A cerimónia serviu ainda para o autarca pontuar a Estratégia Local de Habitação que o município sadino tem em marcha, reforçando as suas declarações à Agência Lusa no dia de ontem, nomeadamente a adjudicação de obras de requalificação de imóveis municipais no valor de 113 milhões de euros e ainda mais quatro candidaturas no valor global de 75 milhões de euros.
“Temos também compromissos para construção de habitação nova. Estamos a desenvolver projetos e a trabalhar em conjunto com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) para a construção de vários novos fogos, em que a autarquia se propõe construir 500 novos fogos de renda apoiada – em que as famílias pagam renda em função dos seus rendimentos – e o IHRU se compromete a construir 900 novos fogos, em regime de renda acessível”, disse à lusa André Martins.
O edil revelou ainda que a ACM (Associação Cristã da Mocidade), uma organização do setor social, também tem uma candidatura de mais de 80 fogos para renda acessível, tendo a autarquia já levado a hasta pública um loteamento municipal para construção de 168 fogos para venda de habitação a custos controlados.
“Todos estes projetos de novas habitações públicas, a par de mais 800 fogos em construção por operadores privados para venda a preços de mercado, que deverão estar concluídos no prazo máximo de três anos, darão para satisfazer necessidades de habitação da cidade de Setúbal nos próximos dez anos”, explicou à Lusa o autarca.
