Autarca sesimbrense vai reunir-se com Administração Regional de Saúde, na próxima sexta-feira, para tentar esclarecer impasse que mantém encerrada a nova Unidade de Saúde de Sesimbra.
Francisco Jesus, presidente da câmara de Sesimbra vai reunir com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, na próxima sexta-feira, com vista a esclarecer a transferência de 950 mil euros para o município, por parte desta entidade, no âmbito do financiamento para a construção da Unidade de Saúde de Sesimbra, resultante do protocolo assinado em 2017.
“A reunião foi pedida pela autarquia, com caráter de urgência, perante o impasse em que está o processo desde janeiro de 2024, altura em que a câmara remeteu toda a documentação necessária à ARS-LVT para que se procedesse à transferência da verba, mas não obteve qualquer resposta”, revela o município em nota enviada à nossa redação.
No mesmo texto, a autarquia sublinha que pretende ainda clarificar o modelo de cedência, “direito de superfície pelo período de 50 anos, do terreno municipal”, onde foram construídas as instalações da referida Unidade de Saúde. “Trata-se de um procedimento administrativo necessário para que o edifício fique sob gestão da Administração Central e possa entrar em funcionamento. A transferência da titularidade do Centro de Saúde deverá concretizar-se após o Ministério da Saúde cumprir o acordado em relação ao financiamento da construção do edifício”, refere a edilidade.
A câmara relembra que o novo edifício reúne “todas as condições para ser inaugurado e começar a funcionar”, destacando que este “melhorará significativamente as condições de trabalho dos profissionais bem como o serviço prestado aos utentes”, mas que sem os dois assuntos que levam Francisco Jesus a reunir com a ARS-LVT não forem esclarecidos “o processo não pode avançar”.
O município aponta ainda, na referida nota, que tem lutado e reivindicado constantemente por melhor condições e cuidados de saúde no concelho. “Importa salientar ainda que a autarquia tem defendido, não apenas uma transferência dos atuais meios humanos e materiais do antigo Centro de Saúde para a nova unidade, mas também um reforço de pessoal e do horário de funcionamento, que permita uma resposta de qualidade às necessidades da população de Sesimbra”, refere a edilidade, que acrescenta: “ É fundamental recordar que em dez anos Sesimbra deixou de ter um serviço de atendimento permanente de 24 horas e esteve mesmo um período sem atendimento complementar (recentemente retomado ao sábado)”.