A câmara do Barreiro (PS) decidiu manter o protocolo entre a empresa de transportes coletivos municipal e o município da Moita (PS) depois de esta autarquia ter pago as faturas em atraso, anunciou a edilidade barreirense.
Em declarações hoje à agência Lusa, a vereadora da câmara do Barreiro Maria João Regalo, também vogal do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Transportes Coletivos do Barreiro (TCB), explicou que esta decisão surge depois de a autarquia da Moita ter procedido ao pagamento de 27 meses em atraso.
As duas câmaras do distrito de Setúbal firmaram um protocolo em 2015 para a extensão do serviço dos TCB à Moita, através das carreiras 1 e 2, que vão até Alhos Vedros, Baixa da Banheira e Vale da Amoreira.
Estas duas carreiras, segundo a autarquia do Barreiro, transportam em média 140 mil pessoas por mês.
Em 4 de abril, a autarquia do Barreiro decidiu em reunião de câmara denunciar o protocolo com o município da Moita, alegando falta de pagamento desde 2021 pelo serviço prestado pelos TCB, uma acusação que a autarquia da Moita considerou grave e falsa.
A vereadora da câmara do Barreiro Maria João Regalo explicou nessa reunião que a Moita não pagava a compensação devida desde 2021, num valor que ascendia a 30 mil euros.
Num comunicado enviado à agência Lusa na altura, a Câmara da Moita garantia que tinham sido liquidadas diversas faturas em 2021, 2022, 2023 e 2024, e acusou o Barreiro de proferir “imputações graves e falsas à autarquia da Moita”.
Agora, em reunião da Câmara do Barreiro realizada na passada quarta-feira, a autarquia decidiu revogar a deliberação de denuncia do protocolo, explicando a vereadora Maria João Regalo que a situação foi sanada com o pagamento de 27 faturas por parte da autarquia da Moita.
“Estando resolvida a situação não há motivo algum para continuar a decisão. O que interessa é servir as populações”, disse hoje a vereadora Maria João Regalo em declarações à agência Lusa.