Destacam-se na programação de três dias nomes como Marco Mendonça, Rui Pina Coelho, Inês Barahona, Alex Cassal, José Maria Vieira Mendes, Miguel Graça, Lígia Soares, Mariana Ferreira e Maria Giulia Pinheiro.
A companhia Mascarenhas-Martins promove, de 14 a 16 deste mês, o ciclo “O texto (ainda) não morreu”, na Casa da Música Jorge Peixinho, no Montijo.
O projeto, que tem vindo a ser desenvolvido desde 2022, sob o nome “O texto não morreu”, sofre agora uma reconfiguração, mas mantém a génese, procurando ser, principalmente, um espaço de leitura, partilha e reflexão sobre textos dramáticos. “Olhando para as edições anteriores, eu e o Levi chegámos à conclusão de que não estávamos a chegar a tantas pessoas como desejávamos, daí as alterações. Desde logo decidimos concentrar este ciclo num curto espaço de tempo, neste caso em três dias, aproveitando um fim-de-semana, para que não ficasse disperso no calendário. E isso, entrando também noutro aspeto, permite- -nos desenvolver este projeto num tipo de festival, introduzindo, além da leitura dos textos, palestras e mesas-redondas”, explica ao Semmais, Miguel Branco, coordenador da iniciativa.
Apesar de ser uma iniciativa muito procurada por pessoas do meio da escrita dramatúrgica, para o responsável a preocupação de acolher o público é latente e a reconfiguração permite atender a essa chamada. “Ao colocarmos este projeto na Casa da Música conseguimos atingir alguma centralidade, porque não estamos tão isolados como no Esteval, onde decorreram as primeiras edições. Interessa-nos que este projeto não seja fechado e que, sobretudo, seja um ponto de partida, ou seja, que da próxima vez que as pessoas forem ler, em vez de lerem um romance, leiam teatro”, acrescenta o coordenador, também ele dramaturgo.
A iniciativa arranca com leitura de “Está quase na altura de voltares a ser tu”, de Marco Mendonça, com interpretação de Eduardo Molina, pelas 21h30. Já no dia seguinte, a partir das 11h00, decorre a mesa-redonda com Rui Pina Coelho, Inês Barahona, Alex Cassal, sob o tema “Onde está hoje a escrita para teatro?”; e pelas 14h30 começa a palestra com José Maria Vieira Mendes, dedicada a “a literatura dramática não é cena”. A sessão de microfone aberto decorre entre as 16h30 e 18h30 e, a fechar o segundo dia, a partir das 21h30, decorre a leitura de “Como sobreviver a um acontecimento”, com interpretação de David Esteves, Madalena Almeida, Miguel Graça e Pedro Caeiro. O último dia, arranca às 14h00, com uma mesa-redonda com Lígia Soares, Mariana Ferreira, Maria Giulia Pinheiro, sobre o tema “escrita para teatro – como começar”, e fecha com a leitura de “Cinderela”, de Lígia Soares e interpretação de Cláudio da Silva e Crista Alfaiate.