O projeto da construção da pequena ponte entre o Seixal e o Barreiro, recuperando uma ligação muito antiga e há muito prometida, e cujo tema abordamos nesta edição, não é de somenos importância.
Mas há outra ponte em carteira que pode mesmo ser estratégica do ponto de vista da mobilidade interna e intercircular. O ex primeiro ministro, António Costa, chegou a garantir o seu avanço, e agora parece que a situação ganhou um impasse, desde logo porque mudou o Governo e ainda não se sabe se haverá mudança na gestão e no modelo estratégico para o Arco Ribeirinho Sul.
Ocorre que com o anúncio da Nova Travessia do Tejo, que fará a Margem Sul ganhar mais uma amarra ao Tejo, importa acelerar o desenvolvimento da mobilidade entre concelhos do eixo norte da península, onde reside uma parte substantiva da população residente e também uma larga maioria dos que aqui residem mas trabalham em Lisboa e arredores a Norte.
O anúncio do novo aeroporto na zona do Campo de Tiro de Alcochete também encaixa nesta necessidade, uma vez que esta infraestrutura poderá tornar mais curta a distância entre o aeroporto e os concelhos do Seixal e de Almada.
Segundo o traçado em cima da mesa, esta obra que irá unir os dois concelhos entre os terrenos da Siderurgia (Seixal) e a Quinta da Lomba (Barreiro), permitirá reduzir a distância de carro entre as duas cidade de 16 para 5 quilómetros. E, no futuro, poderá também servir de canal para o Metro Sul do Tejo, caso se verifique outro projeto agora suspenso que é a extensão da linha de Corroios até Seixal e Barreiro.
São muitas incógnitas para se perceber se o desenvolvimento da região vai estancar de novo ou se, por ventura, concretizará as certeza de que vínhamos a acreditar.