Almada acolhe maioria das atividades da 30ª edição do Festival Sementes

Cidade receberá até ao fim do certame, promovido pelo Teatro Extremo, mais 16 apresentações. Festival passa ainda por Palmela, com dois espetáculos e fura as fronteiras do distrito com programação em Loures e Montemor-o-Novo.

Decorre desde o passado dia 16 mais uma Mostra Internacional de Artes para o Pequeno Público, o Festival Sementes que, promovido pelo Teatro Extremo, atinge este ano a 30.ª edição. O certame volta a apostar em apresentações de diferentes géneros artísticos que vão desde o teatro, marionetas, circo,  dança e música.

“Procuramos sempre uma programação para vários tipos de público. Trazer espetáculos de sala, mas também de rua e, ainda, promover algumas oficinas para que as crianças façam parte do festival de uma forma ativa. Elas podem experimentar o que é esta coisa de fazer arte, pela construção da história e da marioneta. Temos ainda a vertente da leitura, através da nossa biblioteca itinerante para que, enquanto as crianças estão à espera do espetáculo, possam, estar entretidas e a desfrutar da leitura”, destaca ao Semmais Rui Cerveira, diretor artístico do festival.

Até ao final, agendado para 1 de junho, data em que se celebra o Dia Internacional da Criança, o certame tem previstas mais de duas dezenas de atividades, concentrando-se grande parte delas em Almada, mas também em Palmela e fora das fronteiras do distrito, nomeadamente para Loures e Montemor-o-Novo. O Teatro Extremo vai estar, por exemplo, no domingo em Loure, no Parque Municipal Adão Barata, com a apresentação “NaturaL_Mente”, com a Produções Acidentais.

Em relação ao distrito, Almada acolhe o último espetáculo do festival neste território, com a apresentação da “Banda Rumtátá”, com música, palhaços e magia pela Companhia Mrimbondo. A última apresentação acontece em Montemor-o-Novo, com “Uau!” da Compagnie BruBoc, no Parque Urbano, também no dia 1.

Atingidas este ano as 30 edições deste festival, o balanço feito pela organização é positivo, traduzido na multiplicidade de companhias e apresentações que já passaram pelo certame. “São 30 anos de alegrias, dedicação, trabalho esforçado, parcerias,  intercâmbios e relações com o mundo. Durante este tempo, Almada tornou-se num género de um epicentro de uma rede de relações e de troca de experiências que inclui todos os artistas, público e  mundo, porque já tivemos companhias desde o Peru, ao Canadá, ao Japão, passando pela Argentina, Brasil, Cabo Verde, Angola, Espanha, França, Itália, Reino Unido, Irlanda, Holanda, Bélgica, Suíça, Dinamarca, entre tantas outras nacionalidades”, sublinha Rui Cerveira.

Para o responsável, Almada, tornando-se nesse “epicentro”, afirma-se numa cidade “de teatro e das artes para todos e de todos”. “Não há ninguém quase no mundo que não conheça este festival. O nosso público acompanha-nos, não apenas as crianças, mas também muitos pais ou tios e avós.Pessoas que dizem que começaram a vir com os filhos agora vêm com os meus netos ou outros familiares. Quando vou a festivais internacionais à procura de espetáculos para trazer ao Sementes, toda a gente conhece o festival. Recebo, cada vez mais, propostas de vários sítios e companhias”, conclui o diretor artístico.