Festival de Música dos Capuchos “Entre Mundos”

Espetáculo desta sexta-feira marca a estreia da Orquestra de Câmara Sueca “Musica Vitae” no país. Além do Convento dos Capuchos, o certame passa pelo Auditório Fernando Lopes-Graça, pelo Teatro Joaquim Benite e pelo Parque da Paz.

A realizar-se pela quinta edição consecutiva, o Festival de Música dos Capuchos arranca esta sexta-feira, passando por vários pontos do concelho de Almada até 27 de junho. O certame, que volta a reunir um assinalável leque de músicos de craveira nacional e internacional, tem este ano como tema “Entre Mundos”, apontando a uma reflexão sobre a interculturalidade e diversidade.

“O que pretendemos fazer é uma reflexão artística sobre um tema muito atual, que é a diversidade cultural. No fundo trata-se de esbater as fronteiras que no mundo se sentem cada vez mais entre culturas e civilizações. Tudo isto pela música, essa linguagem universal. A proposta passa por diversas sonoridades, tendo sempre por base a música erudita ou clássica, mas também passando pelo jazz e tango. A música sempre teve e terá um papel muito importante neste diálogo, compreensão mútua e união que todos pretendemos”, diz ao Semmais, Filipe Pinto-Ribeiro, diretor artístico do festival.

O grande protagonismo da programação vai para os concertos, um total de 14, que realizam em palcos como o Convento dos Capuchos, o Auditório Fernando Lopes-Graça e o Teatro Municipal Joaquim Benite, que acolhe o primeiro espetáculo, intitulado “Entre Mundos: Mozart & Tchaikovsky”, na estreia da Orquestra de Câmara Sueca “Musica Vitae” no nosso país, que, sob direção do violinista Benjamin Schmid, interpreta as peças “Concerto para Violino e Orquestra N.º 5 KV 219, Turco”, de Mozart e “Souvenir de Florence, Opus 70” de Tchaikovsky.

No alinhamento, onde se assinalam também a realização atividades de ópera para crianças, caminhadas para explorar os Capuchos e masterclasses, há a destacar o primeiro concerto ao ar livre. “Sinfonia do Novo Mundo”, pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, subirá ao palco no Parque da Paz, a 21 de junho. “É uma oportunidade para explorarmos outro espaço e atingirmos mais públicos. Como o festival é muito procurado e muitas das sessões esgotam, ao ar livre não temos essa limitação de espaço como nas salas. É, também, uma oportunidade para as pessoas desfrutarem de um espetáculo do festival, se não tiverem conseguido ir a assistir a outros”, defende o diretor artístico.

“Ano após ano vamos continuando esta viagem fascinante e riquíssima, estamos imbuídos no espírito e exigência do festival. Sabemos que temos de ir ao encontro das expetativas do público. É um evento nacional e internacional que tem uma grande relevância, muitos ecos e procura. Sentimos uma grande responsabilidade, porque não é apenas um símbolo de Almada, mas também de Portugal”, conclui Filipe Pinto-Ribeiro.