Presidente da edilidade lembra que para além desta obra, reclamada há mais de 30 anos, existem outras reivindicações do concelho, ligadas à saúde, que já duram há quatro décadas. É o caso do Centro de Saúde de Paio Pires.
A construção do futuro Hospital do Seixal, uma ambição dos concelhos da península de Setúbal que já tem mais de 30 anos, vai voltar a ser debatida na Assembleia da República, aceite que foi a petição reclamando a obra e que contou com milhares de assinaturas.
Ao Semmais, o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva, lembrou que a entrega da petição e a sua visita, na terça-feira, à AR, foi apenas mais um passo de uma luta que dura há décadas mas que não se esgota apenas com a eventual construção do hospital. “O hospital é, de facto, uma necessidade para todo o distrito, porque apesar de poder ser construído em terrenos do concelho, irá certamente receber utentes vindos de todos os outros locais. Não é, no entanto, no que diz respeito às questões da saúde, a única ou sequer a mais antiga exigência. Recordo que a construção do Centro de Saúde de Paio Pires tem vindo a ser reclamada há mais de 40 anos”.
O autarca não quis adiantar qualquer data para que, eventualmente, se iniciem as obras do hospital. Manifestou, contudo, a esperança de que os deputados das diversas forças partidárias decidam, finalmente, avançar para a concretização de um projeto que até já foi aprovado diversas vezes no Parlamento.
“Construir o Hospital do Seixal implica um investimento na ordem dos 60 a 70 milhões de euros”, adiantou o autarca falando de um projeto previsto para terrenos estatais, no Fogueteiro. Em 2027, depois de o Governo ter inscrito a verba no Orçamento de Estado, ficou igualmente decido que a câmara do Seixal apoiaria o projeto através da isenção do pagamento de taxas municipais e a construção de diversas infraestruturas e acessos, trabalhos esses que então custariam cerca de dois milhões de euros.
Na petição que agora foi aceite no Parlamento é recordado que o novo hospital poderá ajudar a desbloquear os problemas de sobrelotação que afetam o Garcia de Orta, o qual foi projetado para atender cerca de 150 mil pessoas, mas que, na realidade, presta cuidados aos mais de 450 utentes dos concelhos do Seixal, Almada e Sesimbra.
De acordo com os dados disponibilizados há oito anos pelo município seixalense, o novo hospital deverá acolher 23 especialidades médicas, ficando equipado com 72 camas, sendo 60 destinadas à convalescença e as restantes para os cuidados paliativos.