O candidato do PSD à Câmara de Almada disse esta quarta-feira que “há forte probabilidade de vir a ser o partido mais votado” e que não deixará o concelho numa anarquia como considera ter existido nos últimos oito anos.
Hélder Sousa Silva falava à agência Lusa durante uma ação de campanha na freguesia do Laranjeiro/Feijó, no concelho de Almada, onde considera existir vários problemas, entre os quais a questão da limpeza das ruas e da segurança.
O candidato social-democrata acredita na vitória por três motivos: “Porque os almadenses acreditam no projeto do PSD, porque não querem validar o atual executivo por força do desencanto que têm no fim de dois mandatos” do PS liderado por Inês de Medeiros e porque “não existem alternativas no espetro político para além do PSD”.
“Eu direi, conjugando esses três fatores, que há forte probabilidade de podermos vir a ser o partido mais votado e, por essa via, também sermos os que vão ter responsabilidade na liderança da Câmara nos próximos quatro anos. Se assim for, naturalmente que a expectativa que criamos nos almadenses, eu serei o primeiro a tudo fazer para que ela não venha a ser gorada, porque não havia nada pior do que depois destes oito anos de alguma anarquia, continuar com essa anarquia, porque o PSD não vai deixar que tal aconteça”, frisou.
Durante a sua passagem por algumas zonas do Laranjeiro, o candidato social-democrata, que tem como lema da campanha “Faz Almada Acontecer”, ouviu várias queixas de residentes e de comerciantes sobre temas como segurança e higiene urbana manifestando o desejo de mudança.
Sobre as queixas relacionadas com a higiene urbana, Hélder Sousa Silva disse que essa é uma área à qual o próximo executivo deve dar prioridade.
O candidato social-democrata destaca ainda, no caso da freguesia que hoje visitou, que sentiu “falta de autoridade por parte da câmara”, quer ao nível da segurança quer ao nível da fiscalização de lojas, que os comerciantes locais afirmam estar a abrir sem cumprirem os requisitos necessários.
Hélder Sousa Silva, que foi presidente da Câmara Municipal de Mafra e que atualmente é eurodeputado, diz que tem recebido grande recetividade no concelho.
“Grande recetividade porque, de uma forma global, direi que em cada pessoa com quem interagimos há uma que não reage bem, mas 19 reagem bem e pedindo ajuda para que se faça alguma coisa por esta terra e por esta gente, que é gente boa e que precisa naturalmente de uma gestão municipal. Não sei se será do PSD, mas qualquer que venha a ser, que seja diferente, mas mais atuante”, frisou.
A Câmara Municipal de Almada é atualmente liderada pela socialista Inês de Medeiros, que se recandidata a um terceiro mandato.
O atual executivo é composto por cinco eleitos do PS, quatro da CDU, um do BE e um do PSD. Tanto em 2017 como em 2021, PS e PSD fizeram um acordo para formar uma maioria no executivo.
Concorrem à presidência da Câmara Municipal de Almada, nas eleições autárquicas de domingo, Inês de Medeiros (PS), Luís Palma (CDU — coligação PCP/PEV), Hélder Sousa e Silva (PSD), Ana Clara Birrento (CDS-PP), Carlos Magno (Chega), Sérgio Lourosa Alves (Livre/BE), Carlos Alves (IL) e Marina Marques (PAN).
O concelho de Almada tem perto de 184 mil habitantes, distribuídos por 70 quilómetros quadrados, segundo o Instituto Nacional de Estatística.
LUSA