Senador da medicina em Setúbal morreu de doença súbita

O médico Machado Luciano faleceu esta tarde de morte súbita, deixando a classe médica e a cidade de Setúbal consternada. Além da carreira médica, Machado Luciano desenvolveu meritória atividade social e cívica em diversas instituições sadinas.

O médico cirurgião Machado Luciano, de 86 anos de idade, faleceu esta tarde de doença súbita, deixando grande consternação em Setúbal, cidade onde desenvolveu grande parte da sua atividade clínica, cívica e social.

Mesmo com a vetusta idade, Machado Luciano desempenhava ainda as funções de presidente do Conselho Consultivo da Liga dos Amigos do Hospital S. Bernardo (LAHSB), e presidia ao Conselho Fiscal da Lacpedi – Liga de Apoio Comunitário para o Estudo das Doenças Infeciosas. “É uma grande perda para a cidade, porque foi um dos obreiros da unidade hospitalar de Setúbal e ajudou a formar um número significativo de médicos cirurgiões. Apresento as minhas condolências à família”, disse ao Semmais Digital Cândido Teixeira, presidente da LAHSB.

O dirigente acrescenta ainda que Machado Luciano “era um dos poucos senadores da saúde na cidade”, tendo sido diretor clínico e diretor do serviço de cirurgia do hospital S. Bernardo. Desempenhou também grande atividade política, social e cívica, consagradas com a atribuição da Medalha da Cidade de Setúbal em 2018, na categoria de Ciência e Tecnologia.

Também a Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão (LASA), que chegou a presidir durante seis anos, lamentou, em comunicado, a morte de “um médico de grande prestígio, conhecido pela sua grande generosidade e simpatia”.

Luís Machado Luciano, nasceu em Malange, Angola, em 1935, e residia em Setúbal há quase meio século. Licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa em 1962, concorre em 1964 a Interno dos Hospitais Civis de Lisboa, é aprovado e, em concursos sucessivos termina a sua formação na área cirúrgica em 1969.

Nos anos de 1974-75-76 integra várias Comissões Instaladores, no Hospital de Setúbal, neste período de grande instabilidade política.

Em 1985 integrou um Grupo de Cirurgiões que elaboraram os Estatutos para a Constituição da Sociedade Portuguesa de Cirurgia tendo feito parte da primeira Direcção eleita.

Presidente da Assembleia-geral da Distrital de Setúbal, da Ordem dos Médicos, em dois mandatos sucessivos, 1999-2003, foi mandatário da Candidatura de Carlos de Sousa (PCP) à Câmara Municipal de Setúbal nos anos de 2001 e 2005.

Em 2001 Presidente da Assembleia-geral da Setúbal-Polis 2001 com mandato não renovado no ano de 2005 por decisão maioritária no executivo da Câmara Municipal de Setúbal.