O instituto, em colaboração com a câmara de Beja, submeteu “manifestação de interesse a financiamento” no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a construção de uma nova residência estudantil com 503 camas.
A proposta, submetida sob a forma de “manifestação de interesses”, procura dar resposta à crescente dificuldade sentida pelos estudantes do IPBeja, quando procuram alojamento na cidade no início de cada ano letivo, sublinhada várias vezes pelos representantes dos estudantes através da sua Associação Académica.
Segundo um comunicado do Instituto Politécnico de Beja enviado à nossa redação, a referida “dificuldade” não é “alheia ao crescente número de estudantes” que a instituição “tem vindo a registar nos últimos anos, em resultado do sucesso da diversificação da oferta formativa, nomeadamente através do aumento dos alunos que se encontram a frequentar os cursos técnicos superiores profissionais, as pós-graduações ou mestrados”.
Existe “mesmo a expectativa que potencialmente possam vir a aumentar, face aos novos programas de qualificação também financiados pelos PRR, nomeadamente o Impulso Jovem STEAM”, lê-se na nota.
“Em função da identificação desta necessidade e da atual oportunidade no âmbito do programa desenvolvido ao abrigo do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), a presidência do IPBeja em parceria com o executivo camarário, constituíram uma equipa técnica que permitiu o desenvolvimento da proposta agora apresentada, que mereceu já o apoio de um conjunto alargado de entidades públicas regionais, como é o caso da CIMBAL”, refere o IPBeja.
De acordo com o diagnóstico efetuado, “concluiu-se da necessidade de construção de uma nova residência estudantil com 503 camas, distribuídas por quartos com diferentes tipologias e requisitos ao nível das acessibilidades, segurança e eficiência energética, num investimento de 15.020.431 euros”.
Em simultâneo, afirma o instituto, o aumento das camas oferecidas pelo IPBeja e a sua concentração num único edifício, irá favorecer a captação de novos alunos para a cidade de Beja e ganhos de eficiência na própria gestão das residências.
A proposta vai ser analisada por parte de um painel independente de “alto nível” que a irá avaliar em função de critérios associados à inovação na construção; à capacidade de execução até março de 2026; e à relação local da procura/oferta.
“Em função dos critérios de análise, e do ímpar envolvimento das entidades públicas regionais na candidatura, a presidência do IPBeja acredita que o sucesso da mesma irá induzir uma dinâmica de desenvolvimento na cidade de Beja, extensível ao Baixo-Alentejo”, conclui.
