O presidente da Iniciativa Liberal (IL) esteve ontem em Sines, onde reuniu com o administrador do Porto de Sines.
Rui Rocha garantiu esta segunda-feira que nunca fará nenhum entendimento com o Chega por se tratar de um partido político “completamente irresponsável e que não assegura a dignidade humana”.
“Estamos a falar de um partido completamente irresponsável e, portanto, nós não nos entendemos com irresponsáveis”, afirmou o presidente da Iniciativa Liberal, no final de uma reunião com o administrador do Porto de Sines, naquela que foi a única ação de campanha de segunda-feira.
O dirigente liberal, que se fez acompanhar pela cabeça de lista por Setúbal, Joana Cordeiro, referiu que a IL e o Chega partilham visões completamente diferentes sobre a sociedade, a economia e o Estado, não tendo nada em comum.
Além disso, Rui Rocha acusou o Chega de estar “muitas vezes próximo de uma esquerda mais radical”.
E questionou: “Como é que eu posso ter algum tipo de entendimento com um partido que é profundamente estatista e que tem um conjunto de medidas que nem a esquerda moderada as defende?”.
O líder da IL considerou ainda que o partido liderado por André Ventura não preserva e não assegura a dignidade humana, além de defender a greve dos polícias, pondo em causa a segurança dos portugueses, e de incentivar nas redes sociais os militares a irem para a rua.
Rui Rocha salientou ainda que todos os partidos políticos devem ser claros relativamente àquilo que vão fazer após as eleições legislativas de 10 de março.
“Eu creio que é uma responsabilidade de todos os agentes políticos de serem claros relativamente aos cenários em que se movem, creio que haveria vantagem para os portugueses em conhecer aquilo que cada um dos agentes políticos fará nos diferentes cenários”, afirmou Rui Rocha no final de uma reunião com o administrador do Porto de Sines, no distrito de Setúbal.
Naquela que foi a única ação de campanha desta segunda-feira da IL para as eleições antecipadas de 10 de março, e perante a insistência dos jornalistas em questionar se o presidente do PSD, Luís Montenegro, deveria ser claro sobre entendimentos pós-eleitorais, o dirigente liberal considerou que “todos ganham se forem claros”.
E Rui Rocha acrescentou: “Eu não posso passar a vida a pronunciar-me sobre se Luís Montenegro é ou não é claro, já disse, creio que todos ganhamos, independentemente de estarmos a falar de Luís Montenegro, Pedro Nuno Santos ou seja quem for, todos ganhamos se todos formos claros”.
Rui Rocha ressalvou ainda que a IL tem tido a preocupação de ser clara relativamente ao seu posicionamento, cabendo aos outros partidos políticos fazer aquilo que lhes parecer mais adequado.
Sendo que há sempre uma leitura política a fazer sobre essa matéria, entendeu.
Concretamente sobre a IL, Rui Rocha reafirmou que há uma grande diferença entre as propostas dos liberais e as do PSD, mas não há uma incompatibilidade.
“Há o entendimento da parte da Iniciativa Liberal que é possível trazer o PSD para o caminho das reformas absolutamente necessárias”, vincou.
Na sua opinião, o PSD, sem a Iniciativa Liberal, não terá capacidade de fazer as reformas profundas que o país precisa.