Em curso estão trabalhos que visam a instalação de 6530 metros de coletores gravíticos e de 1648 metros de condutas elevatórias. No abastecimento de água, a rede vai ser prolongada 3059 metros.
Os Serviços Municipalizados de Setúbal (SMS) estão a implementar um ambicioso plano de intervenções na freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra que, estimado em 2,4 milhões, através da expansão da rede de saneamento básica e da melhoria no abastecimento de água, pretende eliminar cerca de 300 fossas sépticas.
Para Carlos Rabaçal, o lançamento destas obras só foi possível com o fim da concessão às Águas do Sado e a entrega da gestão do saneamento e abastecimento à esfera pública, que reativou dos SMS em 2022. “Apesar de termos insistido sistematicamente, durante anos não fizeram ali nada. Só no final mesmo da concessão é que avançaram com projetos. A razão disto não ter avançado ali e noutros sítios do concelho antes tem a ver com a dimensão dos coletores, dos custos associados para ligar poucas habitações, que depois dão pouco retorno financeiro, na lógica de quem só está preocupado com o retorno. A nossa preocupação é social e ambiental e, desse ponto de vista, não nos parece normal que a situação se tenha mantido desta forma. Tínhamos de avançar com estas obras”, reitera o presidente dos SMS ao Semmais.
Nesta fase, de acordo com o mesmo responsável, nas ruas Baía do Sado e Brejos de Canes decore, em matéria de saneamento, “a instalação de 6530 metros de coletores gravíticos e de 1648 metros de condutas elevatórias, para servir 217 casas” e, relativamente ao abastecimento de água, “a reabilitação e prolongamento da rede em 3059 metros, para beneficiar 240 famílias.” Em curso desde janeiro, representa um investimento superior a 1.185 milhões de euros e irá eliminar perto de 240 fossas.
Segundo Carlos Rabaçal, os SMS estão também a fazer um levantamento das fossas sépticas no concelho, encontrando-se nesta freguesia uma das maiores concentrações do todo território. “Estamos a fazer um plano de eliminação de fossas em todo o concelho, onde integram estas obras. No entanto, nas situações em que não houver justificação ou possibilidade de uma intervenção de rede, temos um plano para criar condições para que as fossas sejam de qualidade. Ou seja, para que a água seja limpa e as lamas recolhidas. Já fizemos o levantamento de 100 fossas e estamos a avaliar as condições”, conclui.




