Mostra conta com peças originais de cerca de três dezenas de artistas, mas também elementos que pertenceram aos prelados que exerceram desde 1975 o cargo de bispo de Setúbal.
Está patente até 30 de agosto, na Galeria Municipal do 11, em Setúbal, a exposição “Faça-se Luz”, que assinala os 50 anos da fundação da Diocese de Setúbal, na altura pelo Papa Paulo VI.
“A exposição foi preparada sensivelmente durante um ano. Tínhamos, logo à partida, a ideia de que não queríamos transformar isto apenas numa mostra cronológica, uma história com objetos dos 50 anos das paróquias. Tivemos então a ideia de que seria interessante que a exposição tivesse um título que apontasse para a origem e a origem de tudo é a luz, quando Deus, na Sagrada Escritura, diz ‘faça-se luz’ e a todas coisas a partir daí começaram a existir. Lançámos o convite aos artistas e queríamos que as peças criadas por eles tivessem esse ponto de vista”, explica ao Semmais, o padre Casimiro Henriques, diretor da Comissão de Arte Sacra da Diocese de Setúbal.
É nesse sentido que a exposição, que recorre a três dezenas de artistas habitualmente colaboradores da Diocese, apresenta uma diversidade de expressões e linguagens plásticas, que vão desde obras contemporâneas de pintura, a escultura e fotografia. “Deus cria todas as coisas e também cria esta península, a nossa serra e os nossos rios, os nossos dois rios. Esta terra também é sonhada por Deus para ser esta Diocese e para ter este povo que aqui habita. Então já que Deus vai criando as coisas e ao mesmo tempo é um escultor e pintor, convidamos todos os artistas. A exposição tem um filme, tem escultura e pintura, com base nesta ideia. O nosso desejo era este, que efetivamente a exposição fosse como que o plasmar daquele momento criador do início de todas as coisas”, acrescenta o pároco de São Sebastião.
Além das peças originais, a mostra tem também expostas obras históricas, vindas de Roma dos próprios Papas, e ainda elementos que pertenceram ao bispado, que foi liderado por D. Manuel Martins, D. Gilberto dos Reis, D, José Ornelas e, mais recentemente, por D. Américo Aguiar. “Não podíamos naturalmente ignorar esses elementos. Temos por exemplo dois pergaminhos do Papa João Paulo VI, com a criação da diocese e outro com a nomeação do primeiro bispo. Temos outro documento do Papa João Paulo II que proclama Nossa Senhora da Graça como padroeira da Diocese. E depois elementos como cruzes peitorais, anéis e vestes dos nossos bispos”, conta o padre Casimiro Henriques.
No âmbito da exposição, no momento da inauguração, no passado dia 16, foi ainda lançada, pelo Cardeal Américo Aguiar, bispo de Setúbal, uma linha limitada de vinho tinto reserva 2022 da Casa Ermelinda Freitas, com um rótulo comemorativo dos “50 anos da Diocese de Setúbal”.
A mostra pode ser visitada de terça-feira a sábado das 11h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
