Concertos da Festa do Avante no Seixal provocam braço-de-ferro entre DGS e PCP

DGS quer lugares sentados nos concertos da Festa do Avante, mas o PCP não aceita a medida, segundo avançou a SIC Notícias.

O principal entrave nas conversas entre a Direção Geral de Saúde e o Partido Comunistas é que a DGS quer fazer cumprir as normas em vigor e exige lugares sentados nos concertos da Festa do Avante.

Fonte diretamente envolvida no processo adiantou à SIC que o PCP tem resistido a aceitar esta medida e defende que o público deve estar de pé durante os concertos, respeitanto o distanciamento social.

Esta é uma das últimas medidas que faltam fechar para que a DGS possa concluir o parecer sobre a Festa do Avante. Ao que a SIC apurou, o documento está praticamente concluído e deverá ser apresentado na próxima semana.

Os comunistas já responderam a todas as perguntas que lhes foram feitas e também já enviaram toda a documentação técnica pedida pela Direção Geral de Saúde.

A DGS deverá dar luz verde à lotação defina pelo partido. O PCP quer receber no máximo 33 mil pessoas por dia na Festa do Avante, mas, segundo o canal de televisão, os comunistas não acreditam que este número seja atingido.

Nas respostas que deram à Direção Geral de Saúde, fizeram saber que em edições anteriores nunca terão estado mais de 23 mil pessoas ao mesmo tempo no recinto da Quinta da Atalaia.

A DGS continua a analisar os moldes em que pode ser realizada a Festa do Avante e aguarda mais documentos técnicos dos promotores comunistas antes de dar o parecer final.

Na habitual conferência de imprensa sobre a pandemia de Covid-19 em Portugal de quinta-feira, a diretora-geral da Saúde, Graças Freitas, afirmou que a DGS “elencou uma série de parâmetros que ainda precisa de conhecer” e aguarda que os promotores os façam chegar à entidade que vai avaliar as condições sanitárias do evento.

A responsável da DGS adiantou que os procedimentos habituais para a organização de um evento ou de vários, é pedir aos promotores para entregarem um plano de contigência, um plano de utilização do espaço, os circuitos, para que sejam analisados e depois aplicadas as normas em vigor na pandemia.