AF Setúbal traça como meta certicar 50 entidades formadoras

Na última temporada dos 98 clubes filiados, 68 foram ao processo e 43 conseguiram certificação. Entre os números, destacam-se 16 novos projetos. Há sinais positivos no caminho do principal objetivo do organismo que rege o futebol do distrito.

A Associação de Futebol de Setúbal (AFS) colocou como objetivo a curto prazo alcançar a marca de 50 entidades formadoras certificadas, cimentando um processo iniciado há alguns anos no futebol de formação. Desde a temporada 2018/19 que o número tem vindo a crescer, num caminho que começou com 14 certificações e, nesta temporada, chegou à validação de 43.

“A certificação de entidades formadoras é, reconhecidamente, uma temática cada vez mais enraizada no plano de ação regular dos nossos clubes. Independentemente da realidade de cada um, o assunto é considerado relevante. Um facto que nos motiva a continuar, com renovada energia e compromisso, o trabalho de proximidade com os clubes no sentido de potenciar as dinâmicas relacionadas com a atividade formativa na nossa região”, sublinha ao Semmais Francisco Cardoso, presidente da AF Setúbal.

Nesse sentido, para o dirigente, a marca das 50 é possível de alcançar num futuro próximo. “Dos 98 clubes filiados na presente época 68 foram ao processo, 16 dos quais com candidaturas submetidas pela primeira vez. Este é um cenário que nos dá uma boa perspetiva de atingir o objetivo”, exemplifica.

Para tal, o organismo, revela Francisco Cardoso, tem-se preocupado em desenvolver uma relação de “proximidade”, no sentido de “sensibilizar, fomentar, reforçar e atualizar os clubes”. “Desde há dois anos, temos elementos técnicos dedicados aos processos referentes ao futebol, por um lado, e ao futsal, por outro, atendendo, assim, a um apoio e acompanhamento ainda mais efetivo aos clubes, com vista a responder às dúvidas e às atualizações sobre as caraterísticas de um processo que carece do envolvimento permanente de dirigentes e técnicos”, refere o dirigente.

Falta de infraestruturas constitui um obstáculo

Apesar de haver um grande otimismo na concretização do objetivo e de existir um trabalho positivo realizado até ao momento, pela AF Setúbal e pelos clubes, existem alguns desafios que fazem soar alguns alertas no organismo que rege o futebol do distrito. “Infraestruturas de apoio à prática, nomeadamente campos de futebol e pavilhões desportivos, com balneários adequados. Esta é a principal dificuldade com que os nossos clubes se deparam e, sobre a qual, temos grande preocupação. O número de praticantes cresce, mas os campos e os pavilhões são praticamente os mesmos de há duas décadas”, revela Francisco Cardoso.

Com mais de 14 mil praticantes, o dirigente afirma abordar constantemente os “governantes e autarcas” sobre este problema. “É aflitivo ver, por exemplo, uma centena de crianças a treinar, ao mesmo tempo, num campo de futebol de 11. É totalmente desadequado. Depois, no futsal, porque os horários de utilização dos pavilhões escolares estão praticamente preenchidos, o crescimento da modalidade está seriamente comprometido”, sublinha, acrescentando que “há que repensar estratégias de investimento público quando o número de crianças que querem praticar desporto está a aumentar, mas não existem espaços”.