Câmara de Moura nega coação a funcionários para não irem à manifestação

Em resposta às acusações da CDU de que a autarquia limitou o direito à greve e à manifestação, a Câmara de Moura declina qualquer tipo de coação, esclarecendo que informou os funcionários de que não os dispensa de serviço para irem ao protesto.

 

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Numa nota de imprensa enviada ao Semmais Digital, a autarquia de Moura (PS) afirma que a acusação da CDU resulta do facto de ter sido feita uma “informação aos trabalhadores do município sobre a intenção do executivo não conceder dispensa de serviço a quem pretendam participar na manifestação”, agendada para sexta-feira, em Lisboa, contra a proposta de aumentos salariais de 0,3%.

A autarquia “nunca por nunca obstaculizou o direito de qualquer trabalhador a participar na manifestação, ao abrigo do seu direito à greve, aliás, não o poderia fazer, nunca o fez e nunca o fará, e não coagiu, ameaçou, interferiu ou cometeu qualquer ilegalidade”, lê-se no comunicado, em resposta à denúncia feita pela CDU que acusa a edilidade “limitar o direito à greve e à manifestação, tendo pedido aos trabalhadores para avisarem e tirarem um dia de férias se quisessem participar na manifestação nacional

Na nota, o executivo explica que, na última sexta-feira, recebeu uma comunicação do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL), um dos sindicatos que representa os trabalhadores da Câmara de Moura, a pedir ao município para “conceder dispensa de serviço aos trabalhadores da autarquia para poderem participar na manifestação nacional”.

No mesmo dia, de forma a esclarecer os trabalhadores em relação ao pedido do STAL, o executivo refere que fez a seguinte nota: “Informa-se de que todos os trabalhadores que se encontrem interessados em participarem da manifestação nacional, a realizar no próximo dia 31, em Lisboa, deverão fazer chegar antecipadamente à secção dos recursos humanos uma participação de ausência por conta do período de férias”.

Desta forma, diz a mesma fonte, “informou os trabalhadores que não concederia dispensa de serviço para participação em manifestação, conforme solicitado pelos seus representantes”.

“Resulta clara a intenção da CDU de querer confundir a população e os trabalhadores”, afirma a câmara, considerando que as acusações “resultam de uma evidente necessidade de diabolizar a ação do executivo de maioria PS, numa conduta que revela a mesquinhez e o desconforto que caracteriza a ação do PCP/Moura desde que perdeu o poder”.