A obra que liga a cidade ao Pinhal Novo será inaugurada em agosto. No futuro também será possível ir de bicicleta até ao aeroporto.
Montijo, cidade das ciclovias é, cada vez mais, um mote que ganha forma. A aposta feita pela câmara municipal está prestes a ter mais uma via para ciclista e peões com cerca de dez quilómetros de extensão. Vai até ao Pinhal Novo e custa quase um milhão de euros, metade dos quais são provenientes de candidaturas comunitárias. Deverá ficar concluída no início de agosto.
De momento o concelho já tem mais de 20 quilómetros de ciclovias, mas, muito em breve, poderá ficar com muitos mais, tantos são os projetos prestes a entrar em execução. A obra que agora está a ser feita liga o Montijo ao Pinhal Novo e terá uma extensão de quase dez quilómetros (cerca de metade já estão construídos). “É uma obra bem aceite por toda a população que, apesar de ainda não estar concluída, já está a ser utilizada, seja por ciclistas seja por peões”, explicou ao Semmais o presidente do município, Nuno Canta.
Construída de raiz, a nova ciclovia corre ao lado das estradas e nos espaços entre estas e os edifícios que, há vários anos, quando Nuno Canta ainda era apenas vereador, foram criados (com cerca de 15 metros de largura) para que futuramente ali pudessem ser construídas zonas ajardinadas e também as vias para ciclistas e peões. “É uma obra bem pensada e bem projetada, porque não só cumpre todas as regras de segurança como também permite instalar diversos outros equipamentos. A iluminação, com leds, é apenas um exemplo, existindo já candeeiros com dois braços, um a 12 metros de altura, para o trânsito rodoviário, o segundo, a cinco metros de altura, para servir os utentes da ciclovia”, adiantou o autarca.
Várias ciclovias em carteira, entre os quais uma até ao aeroporto
Mas esta não será a única obra do género a nascer no Montijo. Nuno Canta diz que, em breve, a cidade ficará ligada com igual equipamento a Sarilhos Grandes. Também será construído um troço, a partir de uma das vias já existentes, que terá pouco menos de dois quilómetros e que conduzirá diretamente à Mata da Atalaia, local muito frequentado sobretudo pelas suas tradições religiosas.
A obra de maior impacto deverá, no entanto, surgir assim que exista autorização para transformar a atual Base Aérea nº6 no aeroporto complementar de Lisboa. O presidente da câmara do Montijo diz que se trata de um projeto com cerca de quatro quilómetros e que permitirá, a quem quiser, deslocar-se de e para o aeroporto, a partir da cidade, de bicicleta. “Queremos, com a construção das ciclovias e vias pedonais, cumprir três objetivos: qualidade ambiental – proporcionando qualidade de vida a quem queira praticar desporto ou que por motivos de saúde utilizam as pistas de peões e bicicletas -; planeamento do território e, por fim, investimento e, com ele, criação de postos de trabalho e os consequentes rendimentos”, concluiu o autarca.
