“Quebra Nozes” pela Academia de Dança Contemporânea de Setúbal no Luísa Todi

Bailado foi montado sem orçamento, mas com o envolvimento e apoio de todos apresenta-se numa versão diferente, mais curta e com a magia de sempre.

“Viagem ao Mundo do Quebra-Nozes” é o espetáculo que a Academia de Dança Contemporânea de Setúbal (ADCS), vai levar ao palco do Forum Luísa Todi no dia 11, às 16h00, para celebrar o Natal, enquanto no dia 18, às 15h00, será representado um excerto desta produção na Praça Rio, no âmbito do Setúbal Christmas Fest.

Iolanda Rodrigues, membro da direção pedagógica da ADCS, adiantou ao Semmais que a obra aposta numa adaptação inspirada no clássico bailado original “Quebra Nozes”, de Tchaikovsky, que desde a sua estreia, em 1892, no Teatro Marinsky, em S. Petersburgo, tem sido dançado “pelas maiores companhias de repertório do mundo”.

Segundo a mesma responsável, “Quebra Nozes” é um bailado “feérico”, baseado num conto infantil, com personagens “fantásticas e infantis”, além de ser “muito apetecido pelas escolas de dança, pelo imenso material coreográfico que pode ser trabalhado com os estudantes” e, por se tratar, de “um conto passado na véspera de Natal, com todos os elementos alusivos à época, é interpetado, frequentemente, no todo, ou em parte, em espetáculos de natalícios das instituições de ensino, com as devidas adaptações”.

 

Alunos interpretam versão curta do bailado clássico

Com cerca de uma hora de duração, “Viagem ao Mundo do Quebra-Nozes” foi montado sem orçamento para a produção, mas contou com o apoio financeiro dos pais dos alunos e a generosidade dos funcionários da ADCS. Envolve todos os alunos da instituição e, como resultado final, apresenta, diz Iolanda Rodrigues, “uma versão diferente e mais curta, mas, creio, bastante interessante”.

Com este bailado, a ADCS pretende transmitir uma mensagem de boas festas ao público em geral, mas sobretudo aos pais e familiares dos estudantes: “Em palco vão ver o resultado desenvolvido pelos alunos na Academia, dia após dia, com esforço e dedicação de todos e, simultaneamente, transmitir, uma imagem de alegria e uma mensagem de boas festas”.

No cenário predominam essencialmente projeções de vídeo, mas com um ou outro elemento cénico em palco. Já os figurinos, devido à falta de orçamento, “parte deles são emprestados” e o restante material “foi adaptado com o que já existe no guarda roupa da escola”, acrescenta Iolanda Rodrigues.

Atualmente com 75 alunos, repartidos pelos cursos de formação de bailarinos e classes de iniciação ao movimento, a ADCS completou em outubro passado 39 anos de existência, sempre a trabalhar em Setúbal sem interregnos.