AMRS empenhada em continuar a defender interesses da região

Além das comemorações de Abril, a associação dedica atenção a outros processos importantes para como a atualização do PEDEPES e a finalização da candidatura da Arrábida a Reserva da Biosfera.

A Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) aprovou, recentemente, um orçamento no valor de 1.653.923 euros, assim como as Grandes Opções do Plano (GOP) 2024, empenhando-se em mostrar que continua a desempenhar um papel central na defesa do território.

“A AMRS construiu linhas de trabalho focando uma parte substancial em torno do desenvolvimento do território e nos projetos intermunicipais que permitam afirmar a região e os municípios associados. Muito do trabalho produzido diariamente não tem expressão nas GOP. O funcionamento de mais de uma dezena de grupos de trabalho intermunicipal em diversas áreas de competências dos municípios, o acompanhamento do processo de transferência de competências ou a representação da região junto de vários organismos, são atividades muito relevantes para a coesão da região e que não têm muitas vezes expressão nos orçamentos”, sublinha Sofia Martins, secretária geral da AMRS, ao nosso jornal.

No entanto, este ano as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril centram grande parte das iniciativas. “Neste contexto, destaco o projeto Kid’s Guernica, com quase 5.000 jovens inscritos, o Festival Liber dade, o XI Encontro de Leitura Pública, o Encontro Regional sobre Políticas de Juventude, entre outros projetos. E vamos assinalar, também, os 50 anos do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, também ele fruto de Abril”, revela a dirigente associativa.

Paralelamente, a associação está focada noutros projetos, como a “atualização do PEDEPES, documento estratégico que define as prioridades regionais e as linhas de ação para a próxima década, e a Candidatura da Arrábida a Reserva da Biosfera, atualmente em fase de finalização”.

Apesar da vasta agenda de projetos, a AMRS está a passar por um dos momento mais desafiante, depois de no final de 2022 os municípios de Almada, Barreiro e Moita se terem desassociado. Sofia Martins reconhece o impacto dessas saídas, mas prefere valorizar o trabalho e a vontade das autarquias que permanecem. “É claro que qualquer alteração à composição da AMRS tem impacto na estrutura e enfraquece a região. A AMRS é fruto da vontade dos municípios que entenderam associar-se para defender melhor os interesses da região. Não foi a primeira vez que houve alterações de associados. Veja-se o caso de Grândola que regressou à associação ao fim de 15 anos”, destaca a secretária geral.

Enquanto houver desafios a superar, a AMRS tem futuro, porque é necessária como interlocutor privilegiado entre as diversas entidades, como porta voz perante os vários órgãos e organismos do Estado, como espaço de reflexão e trabalho para reforçar o papel do poder local. O maior desafio é garantir a unidade, a capacidade e os recursos necessários para desempenhar o seu papel insubstituível”, conclui.