A autarquia apela à população para que evite colocar os resíduos urbanos nos contentores que estiverem mais cheios, assim como monos e resíduos verdes junto aos mesmos.
A greve dos trabalhadores da Amarsul está a condicionar fortemente a recolha de resíduos urbanos no concelho da Moita, anunciou hoje o munícipio.
Por essa razão, a autarquia apela à população para que evite colocar os resíduos urbanos nos contentores que estiverem mais cheios, assim como monos e resíduos verdes junto aos mesmos.
Segundo a câmara, a recolha seletiva também está a ser afetada, pelo que apelou para não se colocarem resíduos recicláveis nos ecopontos.
A greve de 48 horas dos trabalhadores da Amarsul por aumentos salariais e pela redução do horário de trabalho iniciou-se na quinta-feira e termina à meia-noite de hoje.
Na quinta-feira, a adesão foi de 100% no turno da meia-noite no ecoparque de Palmela e de 50% nos restantes turnos, segundo um dirigente sindical.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE Sul), os trabalhadores decidiram fazer greve depois de “a administração, mais uma vez, ter feito uma atualização salarial que não repõe o poder de compra perdido devido ao brutal aumento do custo de vida”.
Os trabalhadores marcaram ainda uma greve a todo o trabalho suplementar entre as 00:00 de quinta-feira e as 24:00 de domingo.
Segundo uma nota do sindicato, em causa está não só a reivindicação do aumento dos salários para todos os trabalhadores, mas também a exigência da atribuição e regulamentação de um subsídio de insalubridade, penosidade e risco, a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais faseada, a aplicação do período de 25 dias de férias para todos os trabalhadores e a melhoraria das condições de trabalho.
Além do aviso publicado hoje pela autarquia da Moita, também Almada e Alcochete alertaram na quinta-feira para a possibilidade de a recolha de lixo poder sofrer perturbações.
A Amarsul é responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos urbanos dos nove municípios da Península de Setúbal (Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal).
Constituída em 1997, foi-lhe atribuída a concessão de exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Tratamento e de Recolha Seletiva de resíduos urbanos da Margem Sul do Tejo, por um período de 25 anos e alargado até 2034, numa revisão efetuada em 2016.
Em julho de 2015, a Amarsul passou a integrar o grupo Mota Engil por via da aquisição da Empresa Geral de Fomento (EGF), detentora de 51% do capital social da Amarsul.