DIZ-NOS o dicionário que são palavras cujos fonemas podem confundir-se com os de outras por razões etimológicas ou simplesmente tónicas. Outras soluções teríamos, mas esta cabe bem quando nos ocorrem os mistérios que, por vezes persentimos, quando se ouve falar em ministérios.
No dia-a-dia de todos nós, seja qual o tema ou problema que nos surja, há sempre um Ministério a comandar as operações e em simultâneo logo nos assola um mistério que é maior ou menor inversamente proporcional ao conhecimento académico que possamos ter sobre o assunto.
Recuemos para trazer à baila a recente polémica sobre a redução do IVA para a energia. O Mistério das Finanças lá terá as suas razões para defender que a taxa não poderá baixar, mas o mistério que se agigantou nas várias bancadas do Parlamento deixou a esmagadora maioria dos contribuintes sem palavras para etiquetar a solução e certamente a incompetência rivalizou com a maldade.
Não é preciso gastar muitas horas em frente às televisões para nos apercebermos do algo confuso que cerca os muitos casos entregues aos tribunais, quer os das alegadas “trapalhadas” que trazem à baila muita gente que queríamos que tivessem sido responsáveis enquanto tiveram cargos políticos, quer de outros ligados a clubes, seja na gerência ou no apoio no momento dos jogos.
Sem querer atirar responsabilidades para cima de qualquer ministério, podemos levantar um pouco a cabeça e tentar perceber onde aquele avião passará a aterrar, isto para dar tempo e paciência para que alguém, com conhecimento sem mistério, nos possa revelar um pouco da sua sabedoria de modo a que não fique no ar qualquer dúvida sobre as vantagens e redução de inconvenientes para que o futuro aeroporto seja implantado aqui e não ali.
FIO DE PRUMO
Jorge Santos
Jornalista