Apesar de haver registo de menos queixas, no primeiro semestre no ano, no setor dos transportes, a margem Sul do Tejo lidera as reclamações.
TEXTO REDAÇÃO IMAGEM DR
De acordo com o “Relatório sobre Reclamações no Ecossistema da Mobilidade e dos Transportes – 1.º semestre de 2019”, publicado pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), foram registadas e tratadas pela autoridade 8.713 reclamações. Os dados traduzem uma quebra de 16,4% em relação ao segundo semestre de 2018 e um aumento de 2,9% face ao primeiro semestre de 2018. Mas a AMT foca as comparações com o período imediatamente anterior.
Contudo, os números dizem respeito apenas às queixas recebidas diretamente pela AMT ou remetidas à instituição por entidades como os gabinetes ministeriais ou o provedor de justiça. Depois existem as reclamações recebidas pelos operadores de transporte, nos seus sites ou por correio eletrónico, concluindo-se segundo o Expresso, que “este semestre houve uma diminuição de cerca de 33% deste tipo de queixas face ao semestre anterior, passando de 35.685 para 23.926 reclamações”.
Ao todo, houve cerca de 33 mil reclamações no semestre, ainda assim abaixo das 46 mil dos últimos seis meses de 2018.
As reclamações recebidas pelos operadores são em muito maior número e foram influenciadas pela queda da CP. Verificou-se uma quebra de mais de 54% nas queixas da empresa. Foram, ainda assim, mais de oito mil, abaixo das 18 mil do período anterior. Também houve uma descida nas reclamações registadas na AMT relativas à empresa, na ordem dos 41%, sendo que a autoridade reforça que essa evolução ocorreu “apesar do aumento significativo de passageiros transportados pela CP”.
Já a Fertagus, que assegura a ligação entre a margem norte e sul do Tejo na zona de Lisboa, teve uma evolução em sentido contrário no semestre em que o preço dos passes na área metropolitana caiu, levando igualmente a um aumento do número de passageiros. Nas reclamações entregues diretamente ao operador, o aumento foi de 79% para 516 casos, sendo que a subida foi de 11%.
Na margem sul do Tejo, a TST – Transportes Sul do Tejo registou um aumento de 81% nas reclamações diretamente recebidas, mas até marcou uma descida relevante nas registadas na AMT.
O contrário aconteceu com a Metro Sul do Tejo, que marcou uma quebra nas reclamações recebidas diretamente, e uma descida nas restantes (ainda assim, o metro da capital concentra o maior número no que diz respeito aos metros).
A Transtejo e a Soflusa registaram um agravamento de 43% nas queixas entregues diretamente, ainda que caindo nas registadas na AMT.
Cumprimento defeituoso ou incumprimento, preços e bilheteiras e qualidade do atendimento são os principais motivos das reclamações na AMT.