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Francisco Guerreiro, eurodeputado do PAN (Pessoas-Animais-Natureza) entregou em Bruxelas um conjunto de questões relacionadas com as dragagens no rio Sado. Depois de ter visto rejeitada, a 20 de dezembro, mais uma recomendação, para que fosse revogada a autorização concedida à Administração do Porto de Setúbal para avançar com as dragagens, o partido exige agora que a Comissão Europeia se pronuncie.
O Eurodeputado alega que “o Parlamento e o Governo não têm coragem para terminar, de vez, com as dragagens no rio Sado”, que “comprometem o estado de conservação da comunidade residente de golfinhos-roazes”, num projeto “que contraria, não só, a política de conservação da natureza numa área classificada, mas, também, de combate às alterações climáticas”.
“Portugal não pode afirmar-se na vanguarda no combate à Crise Climática quando se encontra a fomentar projetos que destroem um dos maiores sumidouros naturais do país. É imprescindível a manutenção e proteção destes habitats se queremos, realmente, ultrapassar a maior crise dos nossos tempos. A Comissão Europeia deve pronunciar-se sobre esta matéria”, afirma Francisco Guerreiro.
Em alternativa ao aprofundamento das cotas de serviço dos canais e bacia de rotação no porto de Setúbal, nas imediações da Reserva Natural do Estuário do Sado (Sítio Natura 2000) e do Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, o eurodeputado sugere o aproveitamento do porto de Sines
“Em Sines existe um porto alternativo com capacidade para rececionar até 10 milhões de contentores/ano – potencial que não é explorado – e que não se encontra numa zona protegida, o qual poderia constituir uma alternativa à alteração que se pretende operar no Porto de Setúbal”, enfatizou.
Francisco Guerreiro representa o PAN e os European Greens na Comissão de Agricultura (AGRI), de Orçamento (BUDGET) e Pescas (PECH) em Estrasburgo.