As audiências foram pedidas, pelo movimento AMAlentejo, ao Presidente da República e ao primeiro-ministro, com carácter de urgência. Em causa está a entrega de um petição pública que exige a “urgente” eletrificação e modernização de dois troços da linha ferroviária.
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Segundo a comissão dinamizadora do AMAlentejo, em comunicado enviado à Lusa, as audiências foram pedidas com “caráter de urgência” porque o Programa Nacional de Investimentos para o período entre 2020 e 2030 (PNI2030), que está em análise no Conselho Superior de Obras Públicas, “não contempla ainda, injustificadamente”, a eletrificação e modernização dos troços Casa Branca/Beja e Beja/Funcheira da Linha do Alentejo, projeto considerado “estruturante e estratégico”.
A premência das audiências são também justificadas com a resolução que recomenda ao Governo para eletrificar e modernizar os dois troços da Linha do Alentejo aprovada pela Assembleia da República, em julho de 2019, e com a “necessidade de credibilizar as instituições da República, a política, os políticos, os partidos e a democracia participativa constitucionalmente consagrada”.
O AMAlentejo sustentou ainda o “caráter de urgência” com os estudos da REFER de 2015, que estiveram “metidos na gaveta durante quatro anos e só recentemente foram conhecidos”, e com os trabalhos de vários especialistas que “sustentam a necessidade” da eletrificação e modernização dos troços, “pelo alto risco de o Alentejo deixar de ser considerado território de objetivo 1 para efeitos de financiamentos comunitários a 85% de fundo perdido, o que constituiria um gravíssimo prejuízo para o país e o adiamento de uma obra que há muito podia e devia estar realizada e ao serviço do desenvolvimento económico e social” da região.