Em Sines e Santiago do Cacém há “sangue novo” nas comissões concelhias, no Seixal Marco Teles Fernandes viu reforçada a confiança dos militantes, enquanto que, em Almada e Sesimbra, Ivan Gonçalves e Nélson Pólvora saíram vitoriosos dos respetivos confrontos internos.

 

Decorreram no último fim de semana as eleições para as comissões políticas concelhias do Partido Socialista. No distrito de Setúbal foram reeleitos oito presidentes e eleitos quatro novos militantes.

Nas concelhias de Almada e Sesimbra, onde existiam duas listas a sufrágio, Ivan Gonçalves e Nelson Pólvora garantiram, respetivamente e com mais de 60% dos votos, a vitória dos seus projetos políticos, num confronto direto com José Courinha Leitão (Almada) e Américo Gegaloto (Sesimbra). Na vila piscatória “o trabalho começou logo no domingo”, antecipa ao Semmais o presidente eleito que vai agora “reorganizar o partido, a nível interno, e aproximá-lo da população e das suas necessidades”.

O socialista, que congrega na sua lista “gente nova e alguns históricos do PS”, admite ser “a pessoa certa para liderar a nova fase do socialismo em Sesimbra, que se perdeu nos últimos anos, abrindo-se áquilo que mais importa que são as populações”.

No Seixal havia, igualmente, dois candidatos à liderança da concelhia, mas os militantes validaram, com 69% dos votos, a confiança no trabalho de Marco Teles Fernandes a quem cabe liderar o partido rumo à conquista da autarquia à CDU, em 2021. Miguel Feio usou as redes sociais para congratular o presidente reeleito, manifestando o desejo de que se “considerem, respeitem e valorizem todos os militantes do concelho”.

A comissão política de Santiago do Cacém ganhou uma líder, a deputada da assembleia municipal Susana Pádua, enquanto que em Sines os militantes depositaram a sua confiança na lista do ex vereador e deputado Carlos Salvador que, seis anos depois, volta ao cargo para cumprir uma presidência “interventiva, ativa e presente”. Não só para reorganizar o partido internamente, mas para “fazer o forcing necessário para garantir que o PS se apresenta às autárquicas de 2021 como alternativa inequívoca”, assegura ao Semmais.

Disponibilidade, dedicação e trabalho, para a construção de um PS forte, é o que garantem, também, os presidentes reeleitos, sem opositores, Rui Damião (Alcácer do Sal), Fernando Pinto (Alcochete), André Pinotes Batista (Barreiro), Carlos Edgar Albino (Moita), Nuno Canta (Montijo), Raúl Cristóvão (Palmela) e Paulo Lopes (Setúbal).

 

Mulheres Socialistas ganham projeção territorial

Em paralelo com as eleições para as comissões políticas concelhias, decorreu também a eleição das coordenadoras das novas estruturas de base concelhia das Mulheres Socialistas- Igualdade e Direitos (ID).

Um conceito inovador que segundo Elza Pais, presidente da MS-ID, “contribui para a afirmação das mulheres na política e na sociedade e para o fortalecimento do PS e do seu projeto.

A criação destas estruturas concelhias das MS-ID “vem completar a rede das Mulheres Socialistas que já dispõem de estruturas federativas e nacionais, cujos processos eleitorais decorrem a partir de março, em simultâneo com os do Partido Socialista.

Como coordenadoras das concelhias das Mulheres Socialistas-Identidade e Direitos foram eleitas Maria José Lavrado (Alcochete), Ana Paula Silva (Almada), Teresa Guerreiro (Barreiro), Sara Silva (Moita), Maria Clara (Montijo), Cláudia Mata (Sesimbra), Teresa Andrade (Setúbal), Ana Fialho (Palmela), Vanda Godinho (Santiago do Cacém) e Elisabete Adrião (Seixal).