O Secretário de Energia do Governo dos Estados Unidos da América (EUA), Dan Brouillette, visitou hoje o Porto de Sines, confirmando o interesse de operadores norte-americanos no futuro terminal de contentores do Porto de Sines.
“Discutimos o interesse dos Estados Unidos neste leilão em particular, neste porto fantástico”, admitiu Dan Brouillette sobre o encontro com o governante português e com o Conselho de Administração da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS).
O governante norte-americano admitiu especial interesse de operadores norte-americanos no futuro Terminal Vasco da Gama: “Vemos muito interesse dos EUA neste porto. Quando fechar o concurso (do Terminal Vasco da Gama), vamos ver quais as empresas que fizeram ofertas, mas o facto de estarmos aqui hoje indica que há um interesse americano muito forte neste porto”.
Recorde-se que decorre, até junho, o concurso público para a concessão do terminal Vasco da Gama, lançado em outubro de 2019, quando na tutela estava a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.
Nos últimos tempos, várias têm sido as notícias sobre uma possível corrida entre operadores chineses e operadores norte-americanos ao futuro Terminal Vasco da Gama. Em 2018, a ex ministra do Mar esteve na China onde apresentou o projecto à COSCO e à SIPG – Shanghai International Port Group. Aquando dessa visita, Ana Paula Vitorino admitia grande interesse dos operadores chineses relativamente ao projeto para um novo terminal de contentores no Porto de Sines.
Esta quarta-feira, questionado sobre se este interesse chinês acelerou o interesse norte-americano em Sines, Dan Brouillette foi perentório: “Esta é uma porta de entrada para a Europa, é o porto europeu mais próximo dos Estados Unidos, muitas das cargas vêm da costa leste dos EUA, é um ponto único e estratégico para nós. Penso que é esse o interesse e pelo qual estão as empresas norte-americanas aqui”.
Já o Ministro Pedro Nuno Santos confirmou a existência de vários potenciais interessados. “Neste momento há vários interessados que estão a avaliar, estão a estudar”, disse o governante sem, no entanto, referir quais os países de origem desses interessados. Nesta visita em particular estão muitas empresas norte-americanas, mas há um trabalho em permanência com empresas de todo o globo, afirmou.