A Federação de Bandas Filarmónicas do Distrito de Portalegre alertou que o futuro da atividade está em risco, por falta de receitas provenientes das atuações, que foram canceladas este ano devido à pandemia de Covid-19.
“O mais perigoso é o ano de 2021. Uma banda vive com a receita do ano anterior. Não tendo feito receita este ano, 2021 afigura-se muito preocupante”, alertou o presidente da Federação de Bandas Filarmónicas do Distrito de Portalegre, Miguel Batista, em declarações à Lusa.
O responsável mostrou-se particularmente preocupado com o futuro das bandas filarmónicas da região que “têm pouco apoio ou nenhum” por parte de municípios, sublinhando que esta situação poderá condicionar a sua atividade no futuro.
A Federação de Bandas Filarmónicas do Distrito de Portalegre conta com 13 bandas associadas.
De acordo com Miguel Batista, a formação de músicos não está “para já” condicionada, mas o próximo ano letivo, “provavelmente”, vai contar com “limitações” nesta área.
“Sem receitas, (as bandas) vão olhar para os meios que têm, não vão ter tantos monitores a trabalhar, vão limitar-se exclusivamente ao maestro, o que é mau, pois reflete-se na qualidade”, disse.
Miguel Batista defendeu ainda que as filarmónicas deveriam ser apoiadas nesta altura pelo Ministério da Cultura, uma vez que “há mais de 700 bandas no país”, existindo o risco de algumas encerrarem a sua atividade.