Não sou autoritário – mas tem que ser assim!

Atravessamos um período de enormes incertezas, derivado pelas questões de saúde pública, mas por muitas externalidades à governação normal do país ou dos países, para as quais não estávamos sensibilizados. Felizmente, que temos a comunicação social a fluir de um modo mais rápido que no século passado, seja com fatos verídicos ou “fake news”; mas também infelizmente, o modo como se comunica não criou novos padrões nos nossos governantes. Não têm o equilíbrio da palavra e em alguns casos exageram dos comentários e opiniões em vez de sentirem que devem transmitir decisões.

Criticamos a ditadura (democrata?) na China atribuindo-lhe méritos e deméritos no controlo da pandemia, na qual acreditamos que muitos milhões de seres humanos estão prisioneiros na sua livre circulação, por nem sequer terem acesso às tecnologias e os outros milhões circulam com telemóveis perfeitamente controlados pelo Governo; e agora temos um autoritário e criativo António que nos quer impor uma tecnologia em equipamento de natureza privada e eventualmente sermos obrigados em trânsito em área pública facultar o equipamento a qualquer autoridade fiscal. Se não estivéssemos em Portugal e com um (des)governo “xucialista” esta medida anunciada seria “fake news” e já o Trump teria caído da Casa Branca.

Mas, em Portugal ainda há quem acredite em que está tudo bem e diga que o inquilino de S. Bento não tem que sair. Entendemos que os disparates, são tantos e a teia corruptiva a instalar-se é tanta que é bom que todos acordemos e desalojemos o inquilino de S. Bento, quer goste ou não o seu senhorio de Belém, a quem lhe falta coragem para tomar decisões difíceis no momento certo. Sobre a hipótese deste autoritarismo só tem que anunciar que veta e não remeter para terceiros a decisão, lavando as mãos do problema como pilatos.

Começa a instalar-se no país uma teia corruptiva, do mesmo modo que se instalou em 2005 até 2011, porque o seu líder nunca foi investigado nos casos de corrupção a montante, como exemplo a Freeport.

Não é admissível, calarmos com as mentiras governativas e deixarmos colocar pessoas em locais chaves para controle dos euros que aí veem, como por exemplo o saneamento ocorrido (ao que parece) na Policia Judiciária, afastando Inspetores com experiência de cargos, e ali colocarem nomeados servidores do tipo “yes man” oriundos sabe-se de lá de onde.

Somos daqueles, que consideramos que a estabilidade politica podre é mais adversa para o sucesso de um país do que a crise politica e clarificadora. Se Portugal, é um país soberano e independente, não tem que estar condicionado a não ter uma crise politica só porque não dá jeito ao atual de senhorio de Belém e à Presidência da União Europeia, entretanto são instalados os soldados e sargentos ao serviço dos oficiais corruptos.

Não estamos bem, mas devemos ficar bem. Tal também só passará se o dono de S. Caetano à Lapa arrepiar caminho ou for apeado do comboio laranja para o qual já demonstrou ter poucas qualidades de maquinista, é mais de fiscal de pequenos delitos. O PSD precisa de um líder com visão estratégica para o futuro e não ficar confinado uma mentalidade dos anos sessenta do século passado.

Cada um tem que sair da sua área de conforto e dar um contributo social, cívico, político e noutras áreas para mudar a cultura e as mentalidades de autoritarismo pandémico instalada.

Espaço livre e aberto
Zeferino Boal
Colaborador