Festival O Sol da Caparica terá cinco dias em vez dos habituais quatro

A 7.ª edição do festival , marcada para agosto na Costa da Caparica, concelho de Almada, terá cinco dias, em vez dos quatro habituais, anunciou hoje a organização.

Mais um dia de festa, muita música e animação, é a grande novidade da 7.ª edição d’O Sol da Caparica que tem tudo para ser incrível e inesquecível! Para o ano, está de volta nos dias 11, 12, 13, 14 e 15 de agosto, o festival que, uma vez mais, promete trazer ao Parque Urbano da Costa da Caparica, um cartaz que surpreende pela sua diversidade e qualidade, sempre enaltecendo a música de expressão portuguesa”, lê-se num comunicado hoje divulgado pela organização.

A 7.ª edição de O Sol da Caparica estava inicialmente prevista para agosto de 2020, foi adiada para o ano passado e voltou novamente a ser adiada para este ano, sempre devido à pandemia da covid-19.

Este ano, segundo os promotores da iniciativa – o Grupo Chiado e a Câmara Municipal de Almada -, além de um dia extra, o público poderá, “pela primeira vez, usufruir de uma tenda eletrónica onde estarão sets dos mais reconhecidos DJ nacionais”. Além disso, “voltará ao recinto a Zona Graffiti, a Zona de Gaming será reforçada, a restauração alargada ao longo do espaço verde e a Zona Zen terá um lounge diferenciador”.

No recinto, “mantém-se o palco principal e o palco secundário, bem como os palcos comédia e dança e ainda o parque de desportos radicais”.

Na 7.ª edição, a “grande aposta” deste festival, “continua a ser a promoção da região bem como da música dos países de língua oficial portuguesa e o entretenimento e a experiência para todos os que passem pelo recinto”.

No comunicado hoje divulgado, ainda não são revelados os nomes que irão compor o cartaz do festival.

No ano passado, atuariam n’O Sol da Caparica, entre outros, António Zambujo, Clã, Fernando Daniel, Orelha Negra, Anselmo Ralph, Diogo Piçarra, HMB, Mão Morta, Moonspell, Plutónio e ProfJam.

A pandemia da covid-19 fez com que o verão de 2020 tenha decorrido sem os habituais festivais de música, com a Associação Portuguesa de Festivais de Música (Aporfest) a estimar uma perda de cerca de 1,6 mil milhões de euros, contra os dois mil milhões originados em 2019.

No ano passado, alguns realizaram-se, mas sobretudo de pequena dimensão e em moldes bastante diferentes do habitual, com exceção do Iminente, que aconteceu já ‘fora de época’, no início de outubro, em Lisboa.

Promotores e associações acreditam que este ano será de “regresso à normalidade” para os grandes eventos de música, ainda que com cumprimento de algumas regras.

Segundo o presidente da Associação de Promotores de Espectáculos, Festivais e Eventos (APEFE), Álvaro Covões, em declarações à Lusa, “todos os grandes festivais estão a trabalhar no sentido de acontecerem em 2022”.

“A nossa perspetiva não é a mesma que em 2020 [em relação a 2021], em que estávamos dependentes da vacinação. A nossa perspetiva é trabalhar, que os festivais aconteçam em 2022”, afirmou.

O presidente da Aporfest, Ricardo Bramão concordou: “Não temos dúvidas que se irão realizar, a grande maioria”.

“Os promotores cada vez mais têm planos B, planos C, mas terão de ter muito mais ginástica porque o público em geral vai comprar bilhete à última da hora, com a certeza de que o festival se realiza e de que ele, ou alguém da sua família, não está em isolamento”, referiu.

A expectativa da Associação Espetáculo — Agentes e Produtores Portugueses (AEAPP) também é que, este ano, os grandes eventos “decorram com toda a normalidade”.

“Não acreditamos que em 2022 haja qualquer razão para os eventos de grande dimensão não acontecerem, e não acontecerem com medidas mais relaxadas do que as que neste momento estão definidas”, defendeu Rafaela Ribas.