As trabalhadoras da Comissão Unitária Reformados Pensionistas e Idosos da Charneca, em Almada, estão hoje em greve para exigir o pagamento integral do salário de dezembro e do subsídio de Natal em falta.
Fernando Pais, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), estimou que a adesão à greve de 24 horas foi na ordem dos 100%, tendo sido, contudo, garantidos os serviços mínimos de apoio domiciliário que realizam aos utentes.
A finalidade da greve, explicou em declarações à Lusa, é exigir o pagamento na íntegra do salário de dezembro e o pagamento do subsídio de Natal em falta.
As trabalhadoras da instituição, acrescentou o dirigente sindical, veem-se há vários anos confrontadas com o pagamento do salário em prestações, embora a instituição receba da Segurança Social e dos utentes.
“Estamos a 24 de janeiro e estas trabalhadoras ainda não receberam o salário de dezembro e o subsídio de Natal”, disse.
Segundo o sindicato, devido a esta situação as trabalhadoras e suas famílias estão a passar dificuldades várias, nomeadamente no pagamento de serviços essenciais, como a água ou a eletricidade, ou no pagamento das rendas de casa.
Para o CESP o que se impõe é que a instituição, no distrito de Setúbal, respeite e cumpra as suas obrigações legais para com quem todos os dias dá o seu melhor, pagando as remunerações aos trabalhadores na totalidade no final de cada mês, bem como o pagamento imediato do subsídio de Natal em falta.
A Lusa tentou contactar a Comissão Unitária Reformados Pensionistas e Idosos da Charneca (CURPIC) para um balanço do impacto da greve das trabalhadoras no funcionamento dos serviços, mas até ao momento não foi possível.