Os trabalhadores da Autoeuropa rejeitaram ontem um segundo pré-acordo laboral, com 60% de votos contra e apenas 39,1% a favor, tal como já tinham chumbado o anterior, a 21 de maio do ano passado.
O pré-acordo laboral que hoje foi rejeitado garantia aumentos salariais de 2% em 2022 e 2023, com aumentos mínimos de 25 euros em 2022 e de 30 euros em 2023, a par da criação de mais um escalão – letra G -, que permitia aos trabalhadores que já estão no topo de carreira (letra F) beneficiarem de um aumento adicional de cerca de 2%.
O compromisso alcançado este mês de fevereiro pela Comissão de Trabalhadores e a administração da Autoeuropa previa ainda a manutenção do quarto turno e a possibilidade de um máximo de 44 `down-days` (dias de não produção, mas que seriam pagos na íntegra aos trabalhadores) face à previsível falta de semicondutores, que, no ano passado, obrigou a várias paragens de produção.
O pré-acordo laboral garantia também a vinda de um novo veículo da Volkswagen para ser produzido na fábrica de Palmela, que, atualmente, produz apenas a nova versão do T-Roc e a Volkswagen Sharan, mas está previsto que este último modelo seja descontinuado dentro de poucos meses.
No comunicado em que anuncia os resultados da votação, a Comissão de Trabalhadores refere que “face à vontade expressa democraticamente pela maioria dos trabalhadores, irá na próxima semana reunir e fazer a avaliação dos resultados desta votação, bem como exigir à empresa o regresso à mesa negocial”.