Trabalho pretende fazer um diagnóstico do setor e estabelecer as diretrizes para o futuro. Profissionais da cultura, movimento associativo, instituições e população em geral são convidados a colaborar.
Está em marcha a construção do Plano Estratégico de Cultura de Setúbal, projeto apresentado em outubro pela autarquia e desenvolvido por uma equipa do Observatório de Políticas de Ciência, Comunicação e Cultura, liderada por Manuel Gama, docente da Universidade do Minho (UM).
A criação do plano resulta de uma candidatura comunitária elaborada pela Câmara Municipal designada “Setúbal – Cultura Sem Barreiras”, aprovada em mais de meio milhão de euros.
Para o vereador Pedro Pina, este documento – que resulta de uma candidatura comunitária designada “Setúbal – Cultura Sem Barreiras” e aprovada em mais de meio milhão de euros – será uma ferramenta importante para o futuro do setor no concelho, servindo de ponto de partida para a estratégia de intervenção e cooperação municipal.
“Este é um olhar de compromisso e de responsabilidade. O que queremos fazer com este trabalho é darmos mais ferramentas para decidir melhor, para conhecer melhor. Acho que é um imperativo, quando se tem de gerir um bem publico e também os interesses das pessoas, é bom estarmos apetrechados de um diagnóstico mais rigoroso”, explica o vereador, em conversa com o nosso jornal.
O responsável autárquico aponta este plano ainda como uma oportunidade de se fazer o diagnóstico do setor. “Sabemos que na cultura existe sempre um grau muito grande de preocupação, com forte desinvestimento, com grandes dificuldades para os profissionais. Tudo isto importa trabalhar, conhecer e envolver em projetos”, sublinha.
Pedro Pina destaca ainda a oportunidade da participação co- letiva: “Estamos a dar a oportunidade de todos participarem, com opiniões e críticas sobre os caminhos que nos importam traçar”.
Exemplo disso é a plataforma digital, criada pela UM, disponível até 30 de dezembro, com link no site da autarquia, para que a população em geral, mas também o tecido cultural, o movimento associativo e instituições das mais variadas áreas, possam contribuir ativamente para a construção do documento. Também com o objetivo de recolha de contributos, está já marcada uma conferência no Cinema Charlot, no dia 26, onde se espera abordar já algum do trabalho desenvolvido pela equipa responsável pelo projeto.
Pedro Pina adiantou que a elaboração deste plano está a ser bem acolhida e que a adesão tem sido interessante. “Temos as melhores expetativas. Queremos que isto seja um exercício de transparência e de compromisso”, refere.
O autarca está convicto do trabalho que a autarquia tem feito na área da cultura e da importância do setor, considerando como “eixo fundamental para o desenvolvimento de um território”.
