Jogo teve diferentes marchas do marcador, com a equipa de Massamá a superiorizar-se no final da partida. Micael Sequeira, treinador sadino, voltou a ser fortemente contestado pelo universo sadino.
O Vitória FC somou nova derrota na Liga 3, ao ser derrotado em casa pelo Real SC, por 3-5, em partida realizada esta tarde no Estádio do Bonfim.
A equipa de Micael Sequeira, que procurava responder à derrota frente à Académica, na passada jornada e manter o bom momento após vitória na Taça frente ao Pêro Pinheiro, a meio da semana, apresentou-se com: Rafael Alves (guarda-redes), Tiago Melo, Lourenço Marques, Luís Pedro, Mário Mendonça, Camara, José Semedo, Lucas Marques, José Varela, Camilo e Zequinha
Já o Real SC, que queria interromper uma série de quatro derrotas consecutivas, apresentou-se no Bonfim com: Iuri Miguel (guarda-redes), Ibrahim, Bruno Almeida, Pedro Rosas, Paulinho (capitão), Luís Montenegro, Benny, Ballack, Zack, Pedro Soares, Marcos Barbeiro.
Os sadinos, que entraram melhor na partida, viram o Real SC equilibrar as contas do jogo, com a equipa de Massamá a conseguir pressionar melhor e chegar com mais perigo à baliza do Vitória.
Insatisfeito com a exibição da equipa, Micael Sequeira tirou Lucas Marques, meio-campista, para colocar Gabriel Lima, ao minuto 27, tentando despertar a frente de ataque dos sadinos. E quase que o conseguia. Pouco tempo depois, após transição rápida, Camilo ganhou espaço, mas atirou ao lado.
O jogo continuava muito dividido, mas foi o Vitória quem abriu o marcador. Zequinha, o suspeito do costume, foi derrubado na área e o árbitro Sérgio Jesus, não teve dúvidas e apontou para a marca dos 11 metros. “Zeca” ainda falhou o penalti, mas na recarga fez o 1-0 para o Vitória, quando o relógio marcava 42 minutos.
Os adeptos sadinos ainda estavam a sentar-se dos festejos quando o Real SC, surpreendentemente, empatou a partida. Ibrahim, aproveitando o alívio incompleto da defesa do Vitória, chutou forte, não dando qualquer hipótese a Rafa Alves e encontro foi igualado para o intervalo.
No regresso das cabines, Micael Sequeira voltou a mexer na equipa, a fim de procurar a fórmula para controlar o jogo, que até então não tinha conseguido encontrar, sofrendo, inclusivamente, com alguns períodos de domínio do Real SC. Entraram Pedro Pinto e Dani Carvalho para os lugares José Semedo e Camilo.
Contudo, a entrada do Vitória na segunda parte não podia ter sido pior. Ao minuto 51, Pedro Farrim, que tinha entrado no final da primeira parte, cabeceou, solto de marcação, ao segundo poste, fazendo o 1-2 a favor do conjunto visitante.
A jogar sobre brasas, o Vitória conseguiu ultrapassar o choque do golo sofrido e a partir daí conseguiu assumir o controlo da partida, vivendo o melhor momento no jogo. Os sadinos, assim como os seus adeptos, que contestaram fortemente desde as bancadas, lamentaram as constantes perdas de tempo provocadas pelos jogadores do Real SC, entre demora nas bolas paradas e pedidos de assistência médica.
A insistência do Vitória foi recompensada. Numa jogada de insistência na área dos de Massamá, já no minuto 71, Gabriel Lima, para alegria dos muitos adeptos sadinos que estavam no Bonfim, lá encontrou o caminho das redes, empatando a partida. Bola ao centro, jogada do Real, canto e saída em contra-ataque para o Vitória. Varela serviu Lima que fez o 3-2, apontando o seu segundo golo e levou as bancadas à loucura.
Só que a partida estava longe de terminar e o Vitória iria consentir a recuperação do Real, ao não conseguir sair rápido em contra-ataque, nem segurar a bola para gerir a vantagem.
Ao minuto 83, após jogada rápida vinda da direita, Diogo Carvalho, sozinho na área do Vitória, atirou a contar, empatando a partida. Já na compensação, o Real beneficia de uma grande penalidade, a castigar falta cometida por Pedro Pinto. Da marca dos 11 metros, Paulinho não tremeu e deu nova vantagem para o conjunto visitante. Já com o Vitória balanceado completamente para a frente, Gonçalo Agrelos fechou as contas do jogo em 3-5.
O Vitória teve a segunda derrota consecutiva na Liga 3, somando 11 pontos em nove jogos. Os sadinos podem terminar a jornada em 8º lugar na série B, a três pontos da zona de subida e a cinco da liderança.
Confusão no fim brindada com lenços brancos
Naturalmente satisfeitos com o regresso às vitórias, os jogadores do Real SC festejavam o triunfo frente ao Vitória. Quando estavam a tirar uma foto de celebração, em pleno relvado do Bonfim, pouco tempo depois do final do jogo, Zequinha e outros elementos da comitiva sadina não gostaram dos festejos efusivos dos de Massamá e foram pedir explicações de forma a interromper a celebração. A confusão gerou-se, com empurrões para cá e para lá, obrigando o árbitro a voltar para trás, já que se encontrava a meio caminho para o túnel. Apesar do “sururu” não houve, aparentemente, consequências disciplinares para os intervenientes.
Os ânimos também estavam entre os adeptos sadinos, já que se verificaram alguns empurrões e troca acesa de palavras na bancada coberta, o que levou à intervenção da PSP, com alguns elementos, de forma a acalmar os ânimos.
Este final teve ainda como elemento maior de destaque os lenços brancos para Micael Sequeira. Após triunfos e boas exibições, o técnico volta a ser fortemente contestado pelo universo sadino, que exigem, em alguns setores, a sua demissão imediata, dado as últimas exibições da equipa. O técnico, assim como em Coimbra, não se aproximou das bancadas, num claro corte de relações com os adeptos sadinos. Micael Sequeira também não desceu à conferência de imprensa após o jogo, junto dos jornalistas presentes no Bonfim.