10 arguidos em operação da Polícia Marítima contra a apanha ilegal de bivalves

Grande operação lançada nos concelhos de Alcochete, Almada, Montijo e Setúbal identificou ainda 249 imigrantes, que precisaram de ser colocados em alojamentos temporários.

Dez pessoas foram constituídas arguidas, quatro das quais pessoas coletivas, na megaoperação de combate a redes criminosas associadas à captura ilícita, comércio e tráfico internacional de bivalves realizada quarta-feira, anunciou esta quinta-feira, a Autoridade Marítima Nacional (AMN).

De acordo com um novo balanço da AMN, durante a operação foram detidos três homens de nacionalidade portuguesa e um vietnamita, e foram identificados 249 imigrantes, que foram retirados para alojamento transitório.

No âmbito da megaoperação foram apreendidos mais de 500 comprimidos de metanfetaminas, 15 viaturas e sete motores fora-de-bordo, um empilhador, duas armas brancas, provas documentais, equipamentos de escolha e acondicionamento de bivalves e 71 mil euros.

Esta operação culmina mais de dois anos de investigação realizada pela Unidade Central de Investigação Criminal (UCIC) da Polícia Marítima, tendo resultado na execução de mais de 30 mandados de busca, apreensão e detenção em flagrante delito em Setúbal, Almada, Montijo e Samouco (concelho de Alcochete).

A AMN destaca que as investigações ainda se encontram em curso.

A Polícia Marítima contou com a colaboração da Polícia de Segurança Pública (PSP), do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), do Serviço de Informação e Segurança (SIS), da Autoridade Tributária, da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e congéneres europeias, e da Europol.

“Na operação, onde está incluída ainda a exploração laboral humana, estiveram empenhados no terreno 161 agentes da Polícia Marítima, acompanhados por 22 inspetores do SEF, inspetores da Autoridade Tributária e cerca de uma centena de operacionais da PSP”, referiu a Autoridade Marítima.