Finalmente, a decisão, agora mãos à obra

Finalmente há uma decisão sobre a futura localização do novo aeroporto, e esse anúncio é muito positivo para a nossa região. O governo da AD optou por não criar novos grupos de trabalho, como tinha insinuado após a apresentação do relatório final da Comissão Técnica Independente o ano passado, e decidiu. E foi secundado por quase toda a oposição.

Aplaudo este desfecho e vaticino que, como esta larga maioria de apoio à opção Alcochete, não haverá volta a dar, a não ser as pedras e os embustes de sempre: As soluções financeiras; o imbróglio da concessionária, ANA Aeroportos; ou os últimos resquícios – que aparecem sempre à última da hora – dos ambientalistas e afins.

Portanto, pede-se ao Governo que mantenha esta coragem e, mais que tudo, apresse os múltiplos procedimentos políticos, administrativos e legais, para a montagem desta grande empreitada, que serve o país e a região de Setúbal.

Não havendo oposição política, mesmo em tempo de campanhas eleitorais, está o caminho livre para fazer avançar este infraestrutura decisiva para acabar de vez com o aeroporto Humberto Delgado e dotar a grande Lisboa de um aeroporto capaz, moderno e robusto o suficiente para alavancar o crescimento turístico e estratégico do país.

Esta decisão apressa também outra grande reivindicação, que é a tão urgente terceira travessia do Tejo, Chelas-Barreiro, planeada ao tempo de José Sócrates, esperando-se que arraste também a solução ferroviária, permitindo que a alta velocidade Lisboa-Madrid atravesse parte da nossa região, com os troços do Poceirão.

Trata-se de um conjunto de plataformas de que a península de Setúbal e todo o Arco Ribeiro Sul necessita para revitalizar o seu desenvolvimento nas próximas décadas.

Que esta ambição não cesse ao sabor das andanças político partidárias, nem de lobbies perniciosos. E que, finalmente, a região seja compensada por tudo o que tem dado ao país e aos portugueses, nomeadamente em matérias de contribuição para as exportações e riqueza nacional.