Reunião surge na sequência do encontro do autarca com o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, no âmbito do Conselho Metropolitano, onde lhe deu conta das queixas que tem recebido do serviço da Fertagus e da Transtejo.
Paulo Silva, presidente da câmara do Seixal, foi esta sexta-feira chamado para se reunir com a secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, para abordar a situação dos transportes no seu concelho, nomeadamente os serviços prestados pela Fertagus e Transtejo.
A reunião surge na sequência do encontro do autarca com o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, no âmbito do Conselho Metropolitano, onde lhe deu conta das recentes dificuldades da operação ferroviária e fluvial no município e das inúmeras queixas que tem recebido dos utentes.
Em comunicado, a câmara do Seixal destaca que há “três pontos essenciais a destacar” da referida reunião, que poderão “melhorar as condições precárias que os cidadãos do concelho do Seixal enfrentam atualmente”. Sobre a ferrovia, a autarquia revela que a governante garantiu que “irão fazer todos os esforços para reforçar o material circulante e, desta forma, reforçar o serviço prestado pela Fertagus”. O mesmo texto refere que o autarca mostrou à secretária de Estado “muitas fotografias que tem recebido” e que são “ilustrativas da sobrelotação dos comboios da Fertagus”, como presenciou na segunda-feira quando esteve nas estações de Foros de Amora e Corroios.
Relativamente à Transtejo, Cristina Pinto Dias assegurou a Paulo Silva que na próxima semana irá reunir-se com a empresa, com vista a apurar “quais as melhores soluções para que o problema no carregamento dos navios elétricos seja ultrapassado o quanto antes”.
De referir que o presidente da câmara esteve, na manhã desta sexta-feira, na estação fluvial do Seixal e deslocou-se para Lisboa, em direção ao Cais do Sodre, de barco para avaliar no local a operação da Transtejo desde o seu concelho. “É inadmissível que, esta manhã, no Seixal, das oito carreiras do horário da Transtejo, quatro tenham sido suprimidas”, afirmou o edil à chegada à Estação no Cais do Sodré.
“As pessoas têm um horário de entrada no trabalho a cumprir, e não podem estar na dúvida se as carreiras são suprimidas. Acabam por ter de usar outros transportes, como o comboio da Fertagus que também tem registado problemas, como verifiquei na passada segunda-feira”, acrescentou
O autarca destacou que os problemas criam desconfiança nos utilizadores daquele transporte, sinal disso é a ocupação dos barcos que partem do Seixal em direção a Lisboa. “Duas delas não tinham mais do que 70 por cento e na outra, em que viajei, eram cerca de 40 por cento”, lamentou Paulo Silva, recordando que nem o incentivo de a autarquia ter colocado o parque de estacionamento gratuito parece ter motivado a população a esta travessia.
Para o autarca uma das soluções possíveis seria a partilha “em determinadas horas do dia”, fora das horas de ponta, de embarcações entre o Seixal e o Barreiro, face à proximidade das estações.
Paulo Silva voltou a defender também a expansão do Metro Sul do Tejo para Foros de Amora, destacando que “faltam apenas 1,8km” para que esse meio de transporte chegue aquela zona do concelho, servindo mais 50 mil pessoa. O autarca criticou, nesse sentido, a expansão em curso do Metro para a Costa da Caparica, quando está prevista na concessão, desde 2002, a expansão até ao Fogueteiro. “O Governo parece estar mais preocupado com os utentes que vão para a praia, do que os que vão trabalhar”, referiu.
Este problema também foi abordado no encontro desta tarde com a secretária de Estado. Cristina Pinto Dias revelou que vão avançar os estudos de ampliação do Metro Sul do Tejo no concelho do Seixal, no sentido da reivindicação de Paulo Silva. “Irei continuar a verificar pessoalmente como estão a decorrer estes serviços e irei acompanhar a evolução destas situações. Garanto que apenas irei descansar quando vir os munícipes do Seixal a viajar em condições de mobilidade dignas, como merecem”, rematou o autarca.
