O Centro Hospitalar de Setúbal admitiu hoje um novo incidente com um doente que aguardava atendimento na urgência, mas sem agressões. O paciente diz ter sido empurrado e a PSP afirma ter forçado a entrada num gabinete.

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“Um doente que aguardava ser atendido no Serviço de Urgência Geral exaltou-se verbalmente, contudo a situação foi resolvida pelos profissionais que se encontravam de serviço, sem registo de agressão”, lê-se num comunicado de imprensa, emitido hoje, 3 de janeiro pelo Centro Hospitalar de Setúbal, que integra o Hospital de São Bernardo, onde decorreu o incidente, a 31 de dezembro.

Á Lusa, a PSP de Setúbal confirmou que “foi chamada a intervir por um vigilante do Hospital São Bernardo e adiantou que o agente policial teve de partir o vidro da porta para conseguir entrar no gabinete médico, que se encontrava fechado, e separar os intervenientes”, dois médicos e um utente.

Segundo a mesma fonte, que cita o departamento de Relações Públicas do Comando Distrital de Setúbal da PSP, “foram recolhidos depoimentos contraditórios dos intervenientes, pelo que, naquele momento, não foi possível determinar quem terá fechado a porta do gabinete médico ou se terá havido agressões”.

De acordo com outra fonte policial, contactada pela agência noticiosa, o utente ter-se-á mostrado agastado com a demora no atendimento, porque a médica em causa terá estado algum tempo ao telefone. A médica, apercebendo-se do descontentamento do paciente, terá pedido apoio a ouro profissional de serviço. O utente queixou-se de que este clínico fechou a porta do gabinete e o empurrou, fazendo-o cair ao chão, mas a versão foi negada pelo médico, que alegou ter apenas afastado o doente por o seu comportamento indicar que iria agredir a colega.

A PSP recolheu os testemunhos contraditórios das partes e remeteu o caso para o Ministério Público. O incidente ocorreu poucos dias depois de um outro caso, em 27 de dezembro, também na Urgência do Hospital São Bernardo, onde uma mulher de 25 anos terá agredido uma médica de 65.