Sob o mote “Uma Breve Eternidade: Emoções e Comoções na Música Europeia (Séculos XII-XXI)”, a 16ª edição do Festival “Terras sem Sombra” vai percorrer 13 concelhos do Alentejo, mais três que em 2019.
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Itinerante, o evento tem, este ano, como país convidado a República Checa e programados 18 concertos que vão passar por Vidigueira, Barrancos, Mértola, Arraiolos, Viana do Alentejo, Beja, Ferreira do Alentejo, Castelo de Vide, Sines, Alter do Chão, Santiago do Cacém e Odemira, num total de 13 municípios, mais três que na edição do ano passado.
Com um amplo repertório musical que vai desde a Idade Média à atualidade, o festival tem ainda programadas conferências temáticas, espaços de pedagogia artística, ‘masterclasses’, visitas guiadas e iniciativas de salvaguarda dos recursos da biodiversidade, sendo as mais de uma centena de atividades com entrada livre.
Um dos destaques desta edição é um núcleo programático pensado para as crianças, o “Kids Terras sem Sombra”, que visa “reunir as famílias em torno da música e dos patrimónios artístico e natural”, explicou à Lusa a diretora executiva do certame, Sara Fonseca, realçando “a firme vontade de partilhar e projetar o legado cultural e natural do Alentejo” e “o interesse em criar novos públicos”, referindo o papel que desempenha na “descentralização cultural”.
Do cartaz fazem parte o Tiburtina Ensemble, o violoncelista Pedro Bonet, o contratenor José Hernández Pastor, a flautista Monika Streitová e a pianista Ana Telles, que vão interpretar obras de compositoras para Flauta e Piano, o ensemble La Ritirata, o Kállai String Quartet, a soprano Andión Fernandez acompanhada pelo pianista Alberto Urroz, o grupo vocal Utopia Ensemble, o Clarinet Factory, e o ensemble Cupertinos, que apresentam o concerto “Salve Regina: O Culto de Maria na Obra de D. Pedro de Cristo”.
Este ano vai haver um “concerto-surpresa, num lugar-surpresa e a uma hora-surpresa”, a 13 de junho. Segundo a organização, a ideia é conjugar a tradição dos Santos Populares com o Solstício de verão, “uma ideia promissora, naquilo que será um jogo entre a expectativa, o imaginado e aquela que será a efetiva concretização”.
O “Terras sem Sombra” é organizado pela associação Pedra Angular, com múltiplas parcerias, e apoiado pela Direção-Geral das Artes que lhe atribuiu um valor de 137,5 mil euros para 2020 e 2021 no âmbito do programa de apoio sustentado bienal, na área da programação. A edição deste ano decorre entre janeiro a julho, e de outubro a novembro de 2020.