A Câmara Municipal de Marvão criou um gabinete de apoio à comunidade estrangeira residente no concelho, com o objetivo de atrair mais população e incentivar o investimento.
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Segundo o município, residem no concelho mais de 120 estrangeiros, de diversas faixas etárias, oriundos, sobretudo, de países como a Holanda, Alemanha, Inglaterra e França. “Os estrangeiros vivem espalhados pelo concelho, principalmente em quintas e na zona da serra. Eles vêem para Marvão, mas também para Castelo de Vide, por causa do clima, do sol, da natureza, da paisagem e da forma como a agricultura está preservada”, disse à Lusa, o líder do município, Luís Vitorino.
“A grande maioria dos estrangeiros que aqui reside são rurais. Estão fartos dos grandes centros urbanos e procuram o sossego, a tranquilidade e o ar puro que se respira aqui nestas serras”, afirmou, acrescentando que a “grande maioria tem poder de compra” e, ao longo dos anos, “têm recuperado habitações e ocupado espaços no campo que estavam ao abandono”. “Eles são importantes para o território e para o combate à desertificação, pois também mantêm os campos limpos, dão emprego e frequentam o comércio local”, disse.
O gabinete de apoio à comunidade estrangeira de Marvão, inaugurado hoje, dia 21 de janeiro, no ninho de empresas de Santo António das Areias, pretende “receber melhor” os novos habitantes de outras nacionalidades, dando-lhes apoio em questões burocráticas, como licenciamentos, legalizações, certificações de habitação e finanças, entre outras áreas.
De acordo com a autarquia, o gabinete vai ter um atendimento personalizado em diversas línguas, como inglês, castelhano e francês. “Queremos integrá-los mais na nossa comunidade e através desta iniciativa tentar que eles tragam para o nosso país e para Marvão, em particular, mais estrangeiros e mais investimento”, afirmou o edil.
Luís Vitorino explicou que o gabinete servirá ainda para perceber quantos estrangeiros residem ao certo naquele território, uma vez que “muitos deles” têm vistos de residência e outros não. “Uns estão por cá seis meses e vão embora, outros vão e vêem, têm fluxos. No entanto, esta franja populacional é importante para este território e este gabinete serve para os aliciar”, acrescentou.