As comissões de utentes do litoral alentejano vão manifestar-se em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, para exigir “mais e melhores cuidados de saúde” para a região.
TEXTO REDAÇÃO IMAGEM DR
“Há falta de médicos, enfermeiros, auxiliares e assistentes técnicos no Hospital do Litoral Alentejano (HLA) e nos centros de saúde as condições dos edifícios são precárias. Por isso, vamos lutar para que, no futuro, haja melhores condições nos cuidados de saúde”, disse à Lusa o porta-voz das comissões de utentes, Dinis Silva, adiantando que a manifestação está agendada para 28 de fevereiro, às 10h30, em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa.
“Há cerca de 10 mil utentes sem médico de família, que é um número infelizmente elevado, a urgência de pediatria do HLA continua a funcionar sem médico pediatra e há localidades que só têm médico de 15 em 15 dias. Por estas razões vamos bater à porta da ministra da Saúde”, afirmou.
Além de elementos das comissões de utentes do litoral alentejano, o protesto deverá juntar autarcas, dirigentes e delegados sindicais e a “população que queira aderir e “ajudar a pressionar o Governo para melhorar as condições de saúde” nesta zona.
Em comunicado, as comissões de utentes defendem também a colocação de uma ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) no Serviço de Urgência Básica (SUB) de Alcácer do Sal e denunciam a degradação das instalações de centros e extensões de saúde nos concelhos de Santiago do Cacém, Grândola e Odemira.
“No HLA os tempos máximos de resposta garantidos são na sua maioria ultrapassados, como é o caso das consultas de otorrinolaringologia em cerca de três anos, e, em algumas especialidades, só há um médico para cerca de 100 mil utentes”, criticou o representante das comissões de utentes.
Segundo a mesma fonte, há mais de uma década que lutam por “melhores condições de saúde para os utentes do litoral alentejano”. “Têm sido feitas diligências para que de uma vez por todas se entenda que esta região precisa de melhores cuidados de saúde. As promessas sucessivas que têm sido adiadas, como o Centro de Saúde de Santiago do Cacém que aguarda há anos por novas instalações, não passam disso mesmo e o que queremos é que passem à prática e que as populações saiam beneficiadas com isso”, concluiu Dinis Silva.