Candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura pretende agregar a região

Para a elaboração da candidatura a Capital Europeia da Cultura de 2027 serão ouvidas 50 personalidades de instituições, municípios e de várias áreas da cultura “um pouco por toda a região”.

 

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A candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura 2027 quer diferenciar-se e agregar toda a região, disse ontem, dia 29, o presidente do município, Carlos Pinto de Sá. Em declarações à Lusa, o autarca afirmou que “em primeiro lugar” a candidatura pretende “diferenciar-se pela identidade cultural alentejana, que mais ninguém tem, e que essa diferença fundamental deve ficar marcada”.

Sendo obrigatoriamente candidaturas apresentadas por cidades, sublinhou o presidente do município, esta “será a de Évora”, mas os promotores também querem que “seja a de todo o Alentejo”. Nesse sentido, revelou, já há “um conjunto de câmaras que está a participar no processo” de elaboração da candidatura, nomeadamente os municípios que integram a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC).

“Queremos que seja uma candidatura que tenha em atenção aquilo que são as tradições culturais do território, as suas potencialidades e a capacidade para densificar a área cultural”, destacou.

A atração de artistas, criadores e organizações para trabalharem na área da cultura e a ligação da cultura a outras áreas da criatividade, das ciências, da tecnologia e do ambiente são algumas das metas. O presidente da Câmara de Évora realçou que 2020 será “o ano decisivo” para a elaboração formal da candidatura, indicando que haverá “uma participação ativa dos agentes, instituições, organizações e cidadãos”.

“Vamos ter agora uma reunião da comissão executiva para definir a equipa de missão, um conjunto de aspetos ligados à estrutura do projeto e, sobretudo, vamos lançar o modelo participativo”, adiantou Carlos Pinto de Sá.

Segundo o autarca, “de alguma maneira, este processo já está em marcha”, e o consultor britânico Tom Fleming, que colaborou, entre outras, com a Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012, já “está a tratar da dimensão europeia da candidatura e a fazer um trabalho de auscultação”.

Vão ser ouvidas “cerca de 50 personalidades de instituições, artistas e de várias áreas da cultura e não apenas em Évora, mas um pouco por toda a região”, indicou, salientando que esse trabalho terá, a partir de fevereiro, “maior visibilidade”. “Será uma fase de maior abertura para a participação pública”, na qual podem cooperar “os agentes culturais, instituições, municípios e todos os que quiserem dar a sua opinião”, disse.