Auditorias à segurança dos estádios da I Liga começam hoje no Bonfim

Para além do estádio do Vitória de Setúbal, segundo o MAI as auditorias que arrancam esta quarta-feira contemplam também o estádio Nacional, em Oeiras, onde joga o Belenenses SAD.

 

As auditorias à segurança dos estádios onde se realizam jogos da I Liga de futebol, motivadas pelos recentes atos de violência e racismo, começam hoje, 26 de fevereiro e decorrem até final de março, anunciou o Ministério da Administração Interna (MAI).

Em comunicado, o MAI explica que o “processo, motivado pela crescente preocupação social gerada por atos de violência e racismo cometidos no exterior e dentro dos estádios”, servirá para determinar “as alterações a implementar, de modo a permitir a realização de jogos na próxima época”.

Segundo a mesma fonte, as auditorias vão ser realizadas pela Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto, pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e pelas forças de segurança.

O Estádio Nacional, em Oeiras, onde joga o Belenenses SAD, e o estádio do Bonfim, utilizado pelo Vitória de Setúbal, são os primeiros a ser visitados, seguindo-se os dois estádios das ilhas, Barreiros, no Funchal, e São Miguel, em Ponta Delgada.

Os recintos dos três grandes vão ser visitados em seguida, com a Luz (Benfica) a ser auditada a 3 de março, Alvalade (Sporting) no dia seguinte e o Dragão (FC Porto) a 10 de março. O último a ser alvo de vistoria será o Municipal de Portimão, casa do Portimonense, no dia 27 de março.

O MAI recorda que a realização das auditorias, “visando o rigoroso cumprimento do novo Regime Jurídico da Segurança no Desporto, foi uma das medidas decididas na reunião entre o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, e o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença”, realizada em 27 de janeiro.

Na mesma reunião foram também consensualizadas, segundo o MAI, “medidas adicionais de controlo do acesso do público aos jogos considerados de risco elevado e a entrada em vigor do cartão de adepto, para identificar todos aqueles que queiram assistir aos espetáculos desportivos nas zonas reservadas à exibição de materiais de claque (bandeiras, faixas, material sonoro)”.