Mantém-se o registo de 218 doentes. Testes no Sobral de Adiça, em Moura, não revelaram novos doentes. As equipas avançam hoje para um lar na Amareleja.
Não sofreu qualquer evolução, em termos de novos doentes ou mortes, a pandemia de Covid-19 no Alentejo. Segundo a Direção Geral de Saúde, mantém-se pelo terceiro dia consecutivo o registo de 218 pacientes e de uma só vítima mortal. Esta aparente acalmia registada na região contrasta, no entanto, com o que se passa no resto do país, onde de ontem para hoje morreram mais 36 pessoas.
No relatório de situação diária da DGS, o concelho de Moura continua a ter um destaque negativo, mercê dos 54 casos positivos que as autoridades nacionais de saúde ali dizem existir. Esses valores são, no entanto, desmentidos pela câmara municipal local, que refere apenas 40 infetados.
Neste concelho foram, entretanto, conhecidos os resultados dos testes de despistagem realizados a utentes e funcionários da Associação Sobralense Apoio ao Idoso, em Sobral da Adiça. Segundo a autarquia de Moura não foi detetado qualquer caso positivo, estando a realização de mais testes em lares de idosos prevista para hoje, na Amareleja.
No concelho de Évora existem 19 infetados e em Serpa 18. Estes são, respetivamente, os segundo e terceiro locais de maior incidência da doença. A DGS refere ainda dez casos em Beja, oito em Almodôvar e sete em Montemor-o-Novo. Portel e Vendas Novas têm seis casos cada, enquanto que Elvas, Portalegre e Reguengos de Monsaraz contam cinco. No caso de Reguengos de Monsaraz a autarquia diz que não existem pessoas com a doença ativa e refere a existência de oito recuperados. Segue-se Odemira, que a DGS diz ter quatro doentes, mas que a autarquia destrinça, dizendo que dois estão ativos e outros tantos já estão recuperados. Por fim, em Cuba e Ponte de Sor estão contabilizados, em cada, três casos positivos.
Nos concelhos do Litoral Alentejano integrados no distrito de Setúbal a DGS refere a existência de nove infetados em Grândola, quatro em Alcácer do Sal e 15 em Santiago do Cacém. Estes números não são, contudo, condizentes com os dos municípios: Grândola diz que tem três doentes ativos, nove recuperados e 18 pessoas em vigilância ativa; Santiago do Cacém refere a existência de quatro doentes ativos e dez recuperados e, por fim, Alcácer do sal reporta zero doentes com o vírus ativo e cinco recuperados.
Por regiões o Norte tem agora 15.021 infetados e 597 mortos. No Centro há 3447 doentes e 209 vítimas mortais. Já em Lisboa e Vale do Tejo o número de infetados disparou para 6047 enquanto que os óbitos são agora 210. No Algarve não há alterações a assinalar, mantendo-se os 331 pacientes e 13 óbitos. Nos Açores contam-se 132 casos positivos e 13 vítimas e, por fim, na Madeira, mantêm-se os valores de outros dias: 86 doentes e nenhuma vítima.
No país, ainda de acordo com a DGS, registam-se hoje 25.282 casos de pessoas que estarão infetadas e 1043 mortes confirmadas. As estatísticas referem ainda que o número de internamentos é agora de 856, dos quais 144 estão em unidades de cuidados intensivos. O total de recuperados ascende a 1689.
Segunda-feira é o ´Dia 1’ do uso de máscara obrigatório em muitos locais de acesso público. Supermercados, bancos, repartições de finanças e, sobretudo, transportes, passam a ser sítios onde o uso da máscara de proteção individual terá de ser acatado por todos, sob pena da aplicação de coimas.
Essas coimas, esclareça-se, não podem ser aplicadas pelos funcionários dos respetivos serviços – um motorista de autocarro, por exemplo. Mas estes mesmos funcionários têm toda a legitimidade, quando deparados com infratores, de não permitirem o seu acesso. Têm, também, a obrigação de chamar as autoridades (GNR ou PSP) sempre que alguém esteja premeditadamente a colocar em causa a segurança de terceiros.
Nos transportes públicos, que deverão funcionar apenas com dois terços da sua capacidade, a coima pela não utilização da máscara de proteção tem um valor mínimo de 120 euros.
Ainda sobre restrições nos transportes, importa referir que um táxi, ou mesmo uma viatura da Uber, só podem transportar três pessoas: o condutor e dois passageiros sentados no banco da retaguarda.
Perante a obrigatoriedade da utilização das máscaras, o Governo anunciou, entretanto, por intermédio do ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, que Portugal possui neste momento capacidade para produzir mais de um milhão destes equipamentos por dia. O ministro, lembrando a tradição do país no setor têxtil, disse mesmo que se prevê que em breve a produção nacional, a preços acessíveis, possa permitir o final da importação deste produto, que tem sido comprado à China. As máscaras estão agora à venda nas grandes superfícies comerciais, com o Governo a assegurar que o seu número é suficiente para todas as procuras.