ACOS exige “apoio imediato” para evitar falências na agricultura

Associação de Agricultores do Sul – ACOS exige “medidas de apoio imediato” para evitar a falência de empresas e o aumento do desemprego no setor agrícola, na sequência da pandemia de Covid-19.

“Os agricultores estão a trabalhar, mas há produtos que não estão a ser escoados, os preços ao produtor estão a baixar, a economia das explorações está a ser afetada”, e, por isso, são “necessárias medidas de apoio imediato para evitar a falência das empresas e o aumento do desemprego”, defende a ACOS.

Numa nota de imprensa enviada ao Semmais Digital, a associação afirma que, “apesar de dificuldades impostas pelos efeitos da Covid-19, a agricultura não pode parar e a procura de soluções para a nova realidade também não e os efeitos globais provocados pela pandemia impõem novas abordagens”.

“Apesar de a agricultura não parar, em consequência da atual pandemia que está a afetar a saúde humana e a economia do país em geral e a da agricultura em particular, estão a sentir-se algumas ondas de choque com reflexos negativos no setor” agrícola, alerta.

A associação diz estar “consciente” de que “impõe-se agora mais do que nunca” e “é a resposta em tempos de crise” o “mote “Agricultura Con(s)ciência” que tinha sido escolhido para “reflexão e partilha de saber” na edição deste ano da Ovibeja, que devia ter decorrido entre 29 de abril e 3 de maio, mas foi cancelada devido à pandemia.

“De ‘mãos dadas com a ciência’ importa salvaguardar a produção de qualidade e estimular a saúde e a vitalidade das empresas do setor primário nas zonas de interior, como é o caso do Alentejo”, defende a ACOS, frisando que “a partilha de informação, de experiências e de conhecimento é agora mais importante do que nunca”.

Segundo a associação, “a ciência impõe-se como resposta objetiva e de salvaguarda da qualidade e o reforço do trabalho conjunto”, incluindo a articulação entre a produção e o escoamento de produtos, “é outro dos indicadores que importa trabalhar”.

Por outro lado, “com perturbações a curto ou médio prazo nos canais de comercialização, ganham maior expressão os circuitos de proximidade”, sublinha, referindo que “o fator confiança aliado à qualidade, a preservação do ambiente, o desenvolvimento dos territórios rurais, a garantia da produção mínima que salvaguarde a soberania alimentar e a coesão territorial são alguns dos tópicos da nova realidade, que importa debater com seriedade”.

A ACOS afirma que “quer fazer parte da solução na defesa dos interesses dos seus associados distribuídos por todo o sul do Tejo” e atesta que “a voz de quem está no terreno é fundamental para o traçado de novas políticas que se impõem, tanto nacionais, como na nova PAC” (Politica Agrícola Comum).