A intervenção permitiu travar a degradação de um edifício de fundação medieval.
Localizado nas imediações da Igreja da Sé, no centro histórico da cidade, o final da obra foi assinalado, na passada sexta-feira, pela presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira.
Com a reabilitação parcial do edifício do antigo Hospital João Palmeiro, a cidade “recupera e partilha com munícipes e visitantes mais um fragmento esquecido da memória coletiva citadina”, lê-se no Facebook da autarquia.
A obra implicou a recuperação da fachada do imóvel e embelezamento da área envolvente, permitindo assim travar a degradação.
O antigo Hospital João Palmeiro, albergaria de fundação medieval, foi construída intramuros da povoação e, tal como designado pelos instituidores, destinava-se a “recolher e dar cama, água e luz por três dias” aos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela ou à Terra Santa.
A Câmara Municipal de Setúbal promoveu, em diversas ocasiões, o estudo deste espaço, até há pouco propriedade particular.
No ano 2000 foram realizadas sondagens arqueológicas que permitiram identificar no local vestígios de estruturas, como de armazéns, do período romano (séculos II e III). Foi também possível apurar que, pelo menos, a partir do século XVII, o interior passou a servir como lugar de inumações.
